A reabertura do rancho em 2000

 

O elemento que mais se empenhou na reabertura das Romarias em Vila Franca do Campo foi José Moniz Pimentel. Residente em Ponta Delgada, é um filho da nossa Vila, que embora estando mais longe das suas raízes, jamais esqueceu o que de bom passou e viveu cá, as Romarias. Para que todos saibam a verdadeira história desta reabertura, abaixo transcrevo um pequeno texto de José Pimentel:

“Foi num Sábado d’Aleluia, pelas 07:30 horas, último dia da nossa Romaria do Rosário, Lagoa, estávamos no ano de 1997, efectuávamos a nossa oração à Ermida da Senhora da Paz, quando o nosso Mestre José Maria, coloca no altar da Senhora a seguinte prece:
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 Porque não ajudas os Vilafranquenses a retomarem a tradição das suas romarias?
Senhora da Paz temos Fé que no ano 2000 nos concedas a Graça que agora solicitamos. Oramos em Conjunto.
A ideia permaneceu a partir desta data. Em 1998 envidei esforços no sentido de motivar alguns dos “ex-Romeiros” mais responsáveis, moradores em Vila Franca do Campo, no entanto, foram sempre infrutíferas as tentativas.
Na pernoita que Rancho do Rosário da Lagoa efectuara na Ribeirinha, fiquei em casa do Mestre Hermínio Sousa. Falei-lhe, que gostaria de reactivar a saída do grupo de Romeiros de Vila Franca. Ele de imediato se disponibilizou para chefiar, se eventualmente, conseguisse número suficiente.
Em 1999 a ideia tomou forma e a 8 de Fevereiro do ano 2000, numa terça-feira, surge a primeira reunião no salão da Matriz de Vila Franca, de comum acordo com o senhor Prior António Jacinto de Medeiros.
O número de Irmão era reduzido, apenas 8, no entanto as reuniões foram-se sucedendo, até que conseguimos perfazer um número global de 34 Irmãos, sendo: 16 de Vila Franca, 3 da Ribeirinha, 2 da Ribeira Grande e 13 de Vila do Porto.
Os Marienses aparecem através de um conhecimento do Mestre Hermínio com o Diácono Adriano, que se encontrava a trabalhar em Santa Maria.
A equipa responsável foi constituída pelos seguintes irmãos:
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Mestre: Hermínio Sousa
  - Contramestre: Carlos Saêta
  - Ajudantes: António Silva e António Luís
  - Guias: Emanuel Estrela e João Padre Cura

  - Procurador das Almas: José Botelho
Assim, após um interregno de 21 anos reiniciaram-se as Romarias em Vila Franca do Campo. O dia da saída foi a 1 de Abril, com primeira pernoita na Fajã de Cima, no dia 2 nos Ginetes, dia 3 nas Capelas, dia 4 no Porto Formoso, dia 5 na Feteira Pequena, dia 6 em Água Retorta, dia 7 nas Furnas e entrada a 8 com encerramento na Igreja Jubilar da Senhora da Paz, com Missa Campal, presidida pelo Senhor Prior António Jacinto de Medeiros, coadjuvada por dois Romeiros Padre José Paulo e Diácono Adriano, onde se juntaram dezenas de Vilafranquenses e familiares dos Romeiros.
No encerramento foi entregue a cada Irmão um Diploma de participação na Romaria do Ano Jubilar, obtendo o Mestrado do Amor.


Irmão Hermínio Sousa



Irmão José Pimentel



Irmão Carlos Saêta



Foi uma semana muito difícil, fustigada por ventos fortes chuva, frio, geada, ponto é que, se tratou da pior semana Quaresmal daquele ano, no entanto, a Romaria foi sensacional, decorrendo numa atmosfera de solidariedade, confraternização, amizade, fé e amor.” E foi assim que José Moniz Pimentel, conseguiu reabrir as Romarias Quaresmais em Vila Franca do Campo. Os Vilafranquenses, principalmente os Romeiros, jamais esquecerão este feito, que José Pimentel, Hermínio Sousa e Carlos Saêta concretizaram.