MANUAL DE REUNIÕES DE PREPARAÇÃO

 

III CAPÍTULO

«A PREPARAÇÃO DO RANCHO»

«Partilha do “Manual das Reuniões de Preparação 2018-2022” da ‘Romaria da Vila’»

Livro: "ROMEIROS DE SÃO MIGUEL ARCANJO - 500 Anos de História"

 

 

 

  3.1 – AS NOSSAS REUNIÕES DE PREPARAÇÃO

 

Como já tive oportunidade de referir, “o segredo de uma boa Romaria, está numa boa preparação”. Escutei muitas vezes esta frase nas minhas primeiras reuniões de preparação, proferidas pelo meu Mestre Hermínio Cabral de Sousa. Não há a mínima dúvida quanto a isso, para tal, é imperativo arranjar uma metodologia de forma a termos a certeza de que toda a preparação, a instrução e todos os ensinamentos são dados ao Rancho. Na ‘Romaria da Vila’ desde que assumi a liderança do Rancho como Mestre, tenho elaborado um “Manual de Reuniões de Preparação” (MRP) para cada mandato de cinco anos realizado. A preparação apresentada a seguir é referente ao manual de 2018-2022, com as mais recentes atualizações, desde logo, com o novo Regulamento dos Romeiros de São Miguel, aprovado em 2017.

De acordo com o artigo 16.º do nosso atual regulamento, “a preparação próxima dos Romeiros deverá ter uma componente prática e outra doutrinal/espiritual. Esta preparação, em conjunto, não poderá ser inferior a 20 horas, sob pena da não participação na Romaria… cada Rancho poderá estabelecer o seu mínimo de horas em consonância com o Pároco, mediante o nível de formação cívica e doutrinal/espiritual dos irmãos que irão participar no mesmo.”[1] O nosso MRP é composto por 10 reuniões e contempla na íntegra o que está regulamentado. Cada reunião é dividida em 3 partes: a parte doutrinal, o estudo do regulamento e a parte prática. Primeiramente tentamos “educar o homem, e só depois educar o cristão” e a nossa preparação não resume-se apenas aos “ensaios”, diria mesmo menos ensaios e mais preparação, isto é, mais catequese.

Nos últimos anos, introduzimos uma reunião preliminar que é realizada algumas semanas antes do início das reuniões, no Salão Paroquial, geralmente convocada devido à realização do retiro espiritual para os responsáveis dos Ranchos, promovido pelo Grupo Coordenador do Movimento de Romeiros de São Miguel. O início das reuniões está sempre dependente da data da nossa saída. Realizamos quatro reuniões antes da quarta-feira de cinzas e encerramos as inscrições nesta 4.º reunião. As restantes reuniões são distribuídas pelas três semanas que antecedem a nossa saída. Ao longo da nossa preparação animamos a Eucaristia todos os domingos, realizamos uma Via-Sacra, participamos no Sagrado «Lausperene» e organizamos uma Vigília Pastoral, de forma a envolver e a integrar os novos irmãos romeiros na nossa Comunidade Paroquial.

 

 

  3.2 – 1.ª REUNIÃO DE PREPARAÇÃO

  • Acolhimento, receção e inscrições;
  • Oração Inicial;
  • Sinal da Cruz (Glória tradicional dos romeiros)
  • Mestre: Vinde Espírito Santo,
  • Todos: Enchei os corações dos vossos féis e acendei neles o fogo do vosso amor.
  • Mestre: Enviai Senhor o vosso Espírito e tudo será criado,
  • Todos: e renovareis a face da terra.
  • Mestre:  Ó Deus que iluminastes os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da Sua consolação. Por Cristo Nosso Senhor. Todos: Amém.
  • Pai-nosso (todos);
  • Glória ao Pai… assim como era no princípio agora e sempre, Amém;
  • São Miguel Arcanjo, rogai por nós.
  • Sinal da Cruz (Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo)

 

 3.2.1 - PARTE DOUTRINAL: Ser romeiro

  • Uma palavra em especial aos novos romeiros:
    • Atenção ao Telemóvel (colocar no silêncio ou desligar);
    • Como estamos entre cristãos, a oração estará sempre presente em todos os nossos atos;
    • Providenciar a cópia da oração inicial para ser entregue na próxima reunião;
    • BOAS VINDAS: Diálogo, testemunho dos novos Irmãos;

O Mandamento do Amor - Não fostes vós que Me escolhestes; fui eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros». Jo 15, 16-17).

  • Para que não hajam dúvidas, foi Jesus quem nos escolheu;
  • Realçar, que devem chamar-se de “irmãos”. Na romaria não há títulos (Doutor, Professor, etc.);
  • Os irmãos de outras localidades, deverão trazer credenciais do Pároco (conforme o RRSM);
    • Que motivos invocam para não incorporarem o seu Rancho;
    • Amizade com irmãos – não é justificação;
  • Ninguém está dispensado das reuniões;
  • Cada irmão é considerado como uma peça: Por exemplo: “Como um motor”;
  • Neste mandato, vamos retificar para conservar. Algumas peças, por vezes, ficam viciadas ou avariadas (algumas têm reparação, outras não);
  • Ir com mais frequência à missa: “Não vos vejo nas Missas durante o ano!”;
  • Participar no Grupo Paroquial de Romeiros, nas Atividades do Rancho;
  • Responsabilidade de ser romeiro - nas ações diárias;
  • Pernoitas dos Romeiros na Vila (alertar para a responsabilidade de colaborar nas pernoitas);
  • Brincos e tranças não são permitidos, na semana de Romaria;
  • Irmãos com desavenças, ainda é tempo de reconciliação;
  • Respeito com os responsáveis:
    • Explicar quem são, principalmente o Mestre e o Contramestre;
    • Indisciplina: faltas de obediência e de respeito, não são admissíveis no nosso Rancho;
  • “Ser romeiro não é uma moda! É um modo de vida;”
  • Ser romeiro não é fazer uma semana de turismo, mas de penitência e? … Oração;
  • Temos que interrogar-nos: Qual o nosso papel, na nossa comunidade?
  • Ser Romeiro: Responsabilidade do nosso testemunho como cristãos;
  • O que é uma Romaria (quais os nossos propósitos)?
    • Um retiro espiritual de 8 dias, onde o Espírito de Penitência e de Oração, por vezes, nos levam à conversão e mudança de vida;
  • Como se consegue vencer uma semana de Romaria:
    • Alguma força física;
    • Força Psicológica;
    • Muita força Espiritual (Fé)
  • Relembrar um método de trabalho antigo:
    • Afinação das tais “peças do motor”;
    • “Primeiro educar o homem e só depois educar o cristão” (Pe. José Gregório);
    • Perceber as diferenças do homem bom e do bom homem;
 

  3.2.2 – REGULAMENTO RQSM[2]: Preâmbulo

  • Explicação aos novos Romeiros da origem das Romarias, conforme o Preâmbulo do Regulamento para as Romarias Quaresmais de S. Miguel (Opção 1):

PREÂMBULO

Com origem nas seculares Romarias Quaresmais que remontam ao século XVI, o “Movimento de Romeiros de São Miguel” (MRSM), que congrega os tradicionais Ranchos de Romeiros, é designado a nível de Paróquia por “Grupo Paroquial de Romeiros”, sendo um movimento apostólico de fieis cristãos que, participando ou tendo participado nas Romarias Quaresmais, se comprometem a continuar a viver, nas restantes semanas do ano, o espírito da Romaria.

Tendo por base a vivência da Romaria, traduzida na Oração e Penitência, no Sacrifício e Partilha, na Renúncia e Caridade, o movimento tem como finalidade o desenvolvimento do seu compromisso na vida da comunidade paroquial, nas três vertentes da acção pastoral: Evangelização, Liturgia e Acção Sócio-Caritativa, a partir de um empenho permanente de formação cristã. Não se destina a substituir qualquer ação pastoral, organizada ou não, nem a ação apostólica de outras Obras, Movimentos ou Grupos de Apostolado, mas sim a de os apoiar, em estreita colaboração com o respetivo Pároco  e com os Movimentos organizados, existentes na Paróquia. Cada Grupo Paroquial de Romeiros estudará com o seu Pároco, ouvido o Conselho Pastoral, a ação concreta a desenvolver na Paróquia.

A sua organização, que inclui a estrutura, fins, membros, responsáveis e funcionamento, é definida, no essencial, pelo presente Regulamento, devendo, no mais, ser estruturada e concretizada pelos responsáveis locais, em estreita colaboração com o Pároco.

As Romarias, cuja prática foi e ainda é conhecida por “Visitas às Casa de Nossa Senhora”, tiveram como causa remota, como é da tradição, as calamidades públicas que ocorreram com os terramotos e erupções vulcânicas de 22 de Outubro de 1522 e 25 de Junho de 1563 que arrasaram Vila Franca do Campo e prejudicaram gravemente a Ribeira Grande. Estas Romarias têm valores, virtudes e vivências que importa preservar, no essencial, nas suas características originais, pois constituem um legado inestimável de Fé e Esperança dos nossos antepassados, os quais sentiam que, naqueles momentos de aflição, as suas preces e súplicas ao Céu, por intermédio de Maria Santíssima, eram ouvidas pelo Altíssimo, que lhes dispensava proteção e lhes concedia Graças. É, pois, um legado que o MRSM tem hoje a obrigação de preservar e continuar nas Paróquias, nas restantes semanas do ano, pelo apostolado daqueles que tiveram um dia a felicidade de viver numa Romaria a experiência de Fé, Oração, Penitência e Fraternidade.

A estrutura de organização e funcionamento seculares das Romarias Quaresmais de S. Miguel foi regulamentada pela primeira vez em 1962, sendo atualizada em 1989, depois em 2003 e agora pelo presente Regulamento.

O capítulo I recolhe toda a matéria relacionada com a forma tradicional e atual das Romarias; o capítulo II refere-se à estrutura do Grupo Paroquial dos Romeiros.

  • CRONOLOGIA (Opção 2):

Podem ser observados aspetos do I Capítulo - «A NOSSA HISTÓRIA»

  • Conclusão:
    • Depois dos apontamentos referidos, podemos concluir que as Romarias de S. Miguel surgiram com o terramoto de 1522 em Vila Franca do Campo, num ato de súplica e pedido de clemência a Deus, por intercessão de Nossa Senhora.
    • Como vimos, as Romarias sofreram avanços e recuos, com proibições e restrições motivadas por diversas razões mais ou menos válidas, mais ou menos compreensíveis.
    • A verdade porém é que enfrentando contrariedades, congregando boas vontades e acima de tudo fazendo valer a força da fé que faz persistir e perseverar, elas chegaram aos nossos dias com a força e a expressão que hoje vemos dentro e fora da Igreja.
    • As Romarias são uma demonstração pública de fé. [3]

 

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  3.2.3 - PARTE PRÁTICA: Calendarização e Itinerário

  • Como irão ser as nossas reuniões:
    • Oração inicial;
    • Parte Doutrinal: como uma passagem bíblica, seguida de reflexão;
    • Poderão vir pessoas convidadas para a parte Doutrinal/Espiritual (Padres ou Leigos)
    • Estudo do Regulamento do MRSM;
    • Intervalo (5 minutos, até tocar a campainha) – iniciar o espírito de obediência;
    • Cântico a abrir a segunda parte da reunião;
    • Parte prática: Explicação das normas e regras internas do nosso Rancho;
    • Data da próxima reunião;
    • Pequenos avisos ou lista das pernoitas;
    • Diálogo para dúvidas ou esclarecimentos;
    • Intervenção do Contramestre;
    • Oração Final;
    • Terão uma duração de 1:30h a 1:45h
    • Haverá mais “catequese” e menos “ensaios”;
    • Tema pastoral deste ano:
    • Mostrar o livro da Diocese e explicar;
  • Marcação dos dias e locais das reuniões;
    • Calendarização das reuniões (in M.R.P.)[4]:
  • Dias das Reuniões (ver folha):
    • Geralmente serão às segundas e sextas-feiras;
    • Haverá alterações, devido às pernoitas dos Ranchos;
  • Local das reuniões:
    • 1.ª Fase: no Centro de Catequese (Externato); | 2.ª Fase: no Salão Paroquial;
  • O uso do telemóvel, nas reuniões e na Romaria;
  • Recomendação: Fazer caminhadas de preparação com o novo calçado (se for o caso);
  • Eventuais alterações do nosso Itinerário;
    • Ver mapa do Itinerário;
  • Retiro para responsáveis na Ribeira Grande;
    • Temas e principais aspetos do Retiro – Inscrições;
    • Trabalhos solicitados;
  • Dúvidas e esclarecimentos;
    • Ouvir e responder aos intervenientes;
    • Caminhada de preparação (combinar dia/hora/local);
    • Palavra ao Contramestre;
  • Avisar a próxima reunião;
  • Oração Final;
  • Sinal da Cruz (Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo)
  • Mestre:  Nós vos damos graças Senhor por todos os benefícios que nos tendes concedido ao longo desta preparação, a vós que sóis Deus com Pai, na unidade do Espírito Santo.
  • Todos: Amém.
  • Ave Maria (Todos);
  • Glória ao Pai… assim como era no princípio agora e sempre, Amém;
  • Nossa Senhora da Paz, rogai por nós;
  • Sinal da Cruz (Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo)

Anexos necessários:

  • Calendarização das reuniões e Itinerário;
  • Livrinho da Diocese;

 

 

  3.3 – 2.ª REUNIÃO DE PREPARAÇÃO

  • Oração Inicial;
  • Acolhimento e receção;
  • Inscrições (o preenchimento das Fichas de inscrição deverão ficar para o fim da reunião);
    • Chamada de atenção: autoridade e disciplina;
    • Neste mandato: Os excessos de “à vontade” serão “afinados”, por vezes geram conflitos;
  • Resumo da última reunião:
    • Testemunho e responsabilidade de ser romeiro;
    • Cronologia – Evolução das nossas Romarias;
    • Tema Pastoral deste ano;
    • Novidades da calendarização e Itinerário deste ano;
  • Resumo do Retiro Espiritual para responsáveis na Ribeira Grande;
    • Quando o Retiro é depois da 1.ª Reunião;

  3.3.1 - PARTE DOUTRINAL: O Chamamento”

  • Vós, tal como Pedro no “Chamamento dos primeiros discípulos” (Mt 4, 18-22) sois também chamados a fazer algo “de novo”, para proveito pessoal e glória para Deus;

Chamamento dos primeiros discípulos - “Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu Irmão André, lançavam as redes ao mar pois eram pescadores. Disse-lhes: «Vinde Comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.» E eles deixaram as redes imediatamente e seguiram-No. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu Irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro do barco. Chamou-os e eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-No”.

(Mt 4, 18-22).

  • Ano B - MARCOS 1: (Consultar numa Bíblia nos versículos 15-20)
  • Ano C - LUCAS 5: (Consultar numa Bíblia nos versículos 1-11)
  • MEDITAÇÃO:
    • Como interpretar a resposta “Sim” a este mesmo “Chamamento”.
      • Jesus está a caminhar pelo Lago da Galileia, e chama os primeiros 4 discípulos, 2 de cada vez, todos pescadores:
        • Simão (Pedro) + André: Irmãos, eram pescadores pobres;
        • Tiago + João: Irmãos, pescadores “ricos” (com bons recursos);
    • Pedro foi um homem de grande fé mas também de grande fraqueza. Também destaca-se pela sua humanidade. Pedro é humano, revela uma grande fé com muitas fraquezas. A sua força, contudo, foi grande no sentido em que teve sempre a capacidade de entregar tudo a Jesus e foi essa capacidade que o fez levantar-se sempre, cada vez que caía.
    • Diferenças dos 3 Evangelhos: Mateus e Marcos semelhantes, Lucas mais preciso, mais intelectual, mais científico, mais real;
    • Não foram eles que escolheram Jesus: “Não fostes vós que me escolheste, fui eu que escolhi a vós”;
    • Apresenta o início da missão pública de Cristo, que tem início nas cidades e aldeias da Galileia;
    • É neste ambiente simples, tido como uma região pagã e excluída da salvação, que Jesus começa ensinando, que ninguém está excluído da salvação de Deus;
    • Como é que uma pessoa, segue outra pessoa sem a conhecer;
    • Naquele tempo o mar era sinónimo do mal, perigoso, respeito;
    • Quando nos telefonam, temos que atender primeiro, “está Sim!”
    • Jesus disse: “vou fazer de vós, pescadores de homens”:
      • Mas não pescadores de aquário, aguas calmas, peixes fáceis;
      • Jesus quer homens a pescar no alto mar, nas periferias;
      • Só a oração, não salva ninguém, é preciso AÇÃO;
  • Por isso devemos cimentar um tripé, já introduzido: ESTUDO + PIEDADE + AÇÃO
    • Estudo: Evangelho (Reuniões de Preparação – tempo de esperança)
    • Piedade: Oração (Semana da Romaria – tempo de )
    • Ação: Trabalho, apostolado (Grupo Paroquial de Romeiros – tempo de caridade e amor)
  • IDEAL de vida:
    • Cada irmão deve ter um ideal de vida – dar rumo à sua vida;
    • Para ter um ideal de vida é preciso: fazer o Bem, dizer a verdade e ter felicidade de viver;
    • Para sermos verdadeiros romeiros, temos que ter um ideal de vida;
    • O romeiro tem que ter um ideal que dê sentido à sua vida;
    • Na Romaria aprende-se e ganha-se este tão falado ideal;
    • O ideal dá sentido à nossa vida;
    • Será que estamos devidamente preparados para a Piedade, ou melhor, para a Romaria:
      • Chuva, vento, manhãs com frio e até geada;
      • Tardes com muito sol;
      • Média de sono de 4h30;
      • Média diária 36Km de andamento;
      • Média de 15h por dia a andar;
    • Dá muito que pensar, por isso é importante estudar a piedade;
  • Primeiro educar o “HOMEM romeiro” e depois o “CRISTÃO Romeiro”
    • Para ser um bom romeiro, é preciso ser um bom homem;
    • Deve-se educar primeiro o homem e só depois o romeiro;
    • Educação - bons hábitos de vida saudável - alimentação - natureza;
    • Homem cristão «» romeiro cristão;
      • Se um homem cristão pratica o bem:
      • O homem cristão romeiro, deverá FAZER O BEM, BEM-FEITO;
    • Este complemento, esta colagem, será apenas na Romaria;
    • Após uma Romaria, ficamos marcados para sempre – “selo”;
    • A Romaria é o caminho para encontrarmos Deus (esclarecer a nossa fé);
    • Em Romaria somos “Um por todos e todos por um”;
    • O Bispo D. António Sousa Braga, dizia que a Romaria “é um retiro para homens”
    • O romeiro começa e termina o dia sempre a rezar;
    • Tentar incutir costumes antigos: Pedir “a bênção” e dar “bom dia”, “boa tarde”, etc.;

  3.3.2 - REGULAMENTO RQSM: Artigos 1.º a 4.º

  • Estudo e explicação do Regulamento:

Capítulo I (Das Romarias Quaresmais)

Secção I (Da Natureza e Fins da Romaria):

Art.º 1.º (Da Natureza)

  1. Denominam-se Romeiros de São Miguel os grupos de católicos que, organizados em Ranchos por localidades, se propõem visitar, durante o Tempo da Quaresma, o maior número de Igrejas e Ermidas da Ilha de São Miguel, cantando e rezando em todo o percurso.
  2. Cada Rancho deverá sair numa das semanas da Quaresma, previamente escolhida em conjugação com o Grupo Coordenador, devendo os primeiros sair no fim-de-semana seguinte à Quarta-Feira de Cinzas, e os últimos deverão entrar nas suas localidades no início do Tríduo Pascal, isto é, na Quinta-feira Santa.
  3. O percurso será feito, por regra, no sentido dos ponteiros do relógio, ou seja, tendo sempre o mar à esquerda.
  4. A saída do Rancho deverá ser antes do alvorecer e a entrada na localidade das pernoitas logo a seguir ao pôr-do-sol, sempre em combinação com os responsáveis da localidade onde vão pernoitar.

Art.º 2.º (Dos Fins)

Os fins da Romaria são:

  1. Fazer penitência pelos pecados próprios e alheios.
  2. Louvar e agradecer ao Senhor pelas Graças recebidas.
  3. Suplicar a paz e as bênçãos de Deus para a humanidade, para a Igreja, para a Diocese e para as famílias.

§ Único - As Orações serão feitas especialmente por intercessão de Maria Santíssima, a quem, logo pela manhã, se pede proteção materna para a caminhada.

Secção II (Da Criação, Organização e Responsáveis do Rancho)

Subsecção I (Da criação e organização do Rancho)

Art.º 3.º: A criação e organização de qualquer Rancho de Romeiros na Ilha de São Miguel dependem da aprovação do Pároco da localidade, ouvidos o Conselho Pastoral e o Grupo Coordenador dos Romeiros de São Miguel.

§ Único - Igual procedimento deverá ser tomado aquando do reinício do Rancho nas localidades onde a última saída tenha ocorrido há cinco ou mais anos.

Art.º 4.º: Logo que o Rancho for criado ou reiniciado, deverá tal facto ser comunicado ao Grupo Coordenador, com informação do nome, estado civil e profissão dos responsáveis, e bem assim, local, dia e hora de reuniões.

 

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  3.3.3 - PARTE PRÁTICA: As orações, as salvas e o valor das inscrições

  • Cântico: (Sugestão o “Formoso Botão de Rosa”)

 

  • ORAÇÕES PARA (TENTAR) DECORAR:
  1. Salva:

Seja bendita e louvada a Sagrada vida, paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Seja para sempre louvado com sua e nossa Mãe Maria Santíssima. (Esta Salva é de origem Franciscana)

  1. Chegadas às Igrejas:

Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo, assim como era no princípio, agora e sempre, Amém.

Deus Vos salve Maria, Filha de Deus Pai,

            Deus Vos salve Maria, Mãe de Deus Filho,

Deus Vos salve Maria, Esposa do Espírito Santo,

Deus Vos salve Maria, Templo Sacrário da Santíssima Trindade.

 

  1. Oração das Refeições:

Abençoai Senhor o alimento que vamos tomar, que ele repare as nossas forças, para melhor Vos servir e amar. Glória ao Pai…

  1. Oração antes das Reuniões ou Meditações (Invocação/Oração do Espírito Santo):

(Ver na 1.ª Reunião de Preparação – Oração inicial)

 

  • COMO FAZER UMA ORAÇÃO:
  1. Saudação a Nossa Senhora:

Os anjos dos céus Vos louvam soberana Senhora dos céus e da terra e de Deus Mãe bela, por nós que nunca soubemos, louvar muitas, infinitas e milhares de vezes. Amém.

 

  1. Salva (Oração) ao Orago do templo (Padroeira/Padroeiro):

Salve, Virgem puríssima, a quem a família humana invoca com o nome suavíssimo de Mãe e Senhora da Paz. Em Vós pomos toda a nossa confiança; mostrai-vos sempre Mãe para connosco modelando os nossos corações, iluminando as nossas almas com todas as virtudes e afastando de nós os inimigos que querem perder-nos para sempre. Por último, levai-nos a Jesus, fruto bendito do vosso ventre, para que possamos gozar na eternidade do vosso amor maternal, em união com o Vosso filho, que com o Pai vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amém. (Oração à Senhora da Paz)

Ou: (com a cadência do ponto 1)

Rogai por nós Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos de alcançarmos as promessas de Cristo. Amém.

Ou: (com a cadência do ponto 1)

Dai-me licença Senhora (dizer o nome do Orago) para que eu faça uma pequena oração, para que na hora da nossa morte, nos sirva de remédio para a nossa salvação. Amém.

 

  1. Quadras de Entrada: a Nossa Senhora: (outras versões nos pontos 4.8.15-5 e 5.4.1.21)

Se a porta da Igreja estiver aberta canta-se algumas destas quadras para entrarmos, caso contrário, passa para a parte 4)

 

I                                                        II                                                    III

Já chegamos à Igreja,                     Sois Filha de Santa Ana,              Maria Senhora minha,

Onde está a Mãe da Graça,            Vosso Pai São Joaquim,               Sois a Mãe de Jesus,

Bendita e Louvada seja,                 Quem por Vosso nome chama,   Dos céus sois a Rainha,

Não há quem sombra Vos faça.     Alcança graças sem fim.              Das almas amor e luz.

IV                                                     V                                                    VI

Vós sois a Mãe de todo brilho,      Senhora dai-nos licença,             Entrai, entrai pecadores,

Eu Vos dou os meus louvores,       Aos romeiros que aqui estão,      Por esta porta sagrada,

Pedi Mãe ao Vosso Filho,               P’ra que na Vossa presença,        Vamos render os louvores,

Perdão para os pecadores.             Façamos nossa Oração.                A Maria Imaculada.

                                 VII                                                    VIII                                                IX (exceto nas pernoitas)

Dos céus sois o maior brilho,         Ajoelhai pecadores,                     Por esta escada de luz,

Sois uma Mãe de bondade,           Com os joelhos nos chão,            Suba a nossa Romaria,

Deste à luz um Filho,                      Vamos pedir à Senhora,               O Pai-nosso é p’ra Jesus,

P’ra salvar a humanidade.              P’ra seu Filho nos dar perdão.     P’ra Senhora Ave Maria.

 

  1. Pedidos de intenções (podem ser espontâneas) – bastam apenas 3 (1 PN, 1 AM, 1 SR):
  1. Em honras e louvores ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia, dêmos graças ao Senhor Jesus, pela sua gloriosa Ressurreição, pela sua dolorosa paixão e morte na cruz e pela sua sagrada vida, rezemos: Pai-nosso;
  2. Pelas intenções de cada de nós, pelas nossas famílias e por todos os irmãos romeiros que à nossa frente e que atrás de nós virão: Ave Maria;
  3. Em ações de Graças à Virgem Nossa Senhora, para que nos livre de todos os males e perigos desta vida. Peçamos à nossa advogada dos céus, pela conversão dos pecadores, pela paz no mundo, pela concórdia entre os povos e pelas nações em guerra: Salve-Rainha;
  1. Misericórdia a Deus:
  1. Senhor Deus: Misericórdia (3 vezes)
  2. Virgem Maria Mãe de Deus e Mãe nossa: Alcançai o perdão do Vosso amado filho de misericórdia. (3 vezes)

  1. Saída ou despedida: (à escolha do orador)
  1. Canto 1 (Canto tradicional dos Romeiros S. Miguel, ver ponto 3)

            Por esta escada de luz, suba a nossa Romaria,                  

            O Pai-nosso é p’ra Jesus, p’rá Senhora Ave Maria. (cheia de graça…)    

  1. Canto 2 (Canto tradicional de Nossa Senhora)

          É suave é mavioso, O teu nome Virgem pura! Mais perfume tens que as rosas,

Mais que os favos tens doçura. Em mil coros d’harmonia descantemos à porfia:

Ave Maria! Ave Maria! (cheia de graça)

 

  1. Canto 3 (Tradicional dos Romeiros)

        Orador: Se aqui não mais voltar, aos vossos pés Maria! (Rancho repete igual)

        Orador: Vinde em nossa companhia, no hino d’Ave Maria. (cheia de graça…)

 

  1. Canto 4 (Canto original dos Romeiros de Vila Franca do Campo)

            Orador: Senhor nós vamos embora        Rancho: Seguir nossa Romaria!

            Orador: À Senhora rezo agora                Rancho: O Hino d’Ave Maria.

 

  •  Valores das Inscrições;
    • Apresentação de Contas do ano anterior (caso tenha algum saldo);
    • Adultos (>= 18 anos) x€ e as crianças e jovens (até aos 17 anos) x€;
    • Explicar onde é utilizado o dinheiro do Rancho:
      • Nas refeições da semana da nossa Romaria (evita perdas de tempo com coletas);
      • Nas missas diárias, como donativo à Paróquia;
      • Nos custos com os pequenos-almoços aos Ranchos que pernoitam na nossa Paróquia;
      • Oferta de refeições aos outros Ranchos;
      • Lembranças para o dia da chegada;
      • Tipografia: Livrinhos, fotocópias, documentos e pagelas (“santinhos”);
      • Jantar de Natal dos romeiros, etc.;
  • Dúvidas e esclarecimentos;
  • Palavra ao Contramestre;
  • AVISOS:
    • Aviso da próxima reunião;
    • Definir o seu CALÇADO – fazer caminhadas de preparação / CAMINHADA (a combinar);
    • “Missa dos Romeiros” (são Eucaristias animadas pelo nosso Grupo Coral dos Romeiros);
  • Oração Final;

Anexos necessários: ‘Livrinho do Regulamento’ (ou cópias), ‘Orações para decorar’ e ‘Orações simples’;

 

 

  3.4 – 3.ª REUNIÃO DE PREPARAÇÃO

 

  • Oração Inicial e continuação das Inscrições (só no final da reunião);
  • Uma “palavra” aos novos inscritos. Também fostes “chamados”;

  3.4.1 - PARTE DOUTRINAL: Fé, Esperança e Caridade      

  • O discipulado dos romeiros é na Fé, na Esperança e na Caridade (amor);
    • “Fé” – Crer e confiar firmemente: Fidelidade a Deus (Mt 9, 9-22).

Chamamento de Mateus - Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança, e disse-Lhe: «Segue-Me!» E ele levantou-se e seguiu-O. Encontrando-se Jesus à mesa em sua casa, numerosos cobradores de impostos e outros pecadores vieram e sentaram-se com Ele e Seus discípulos. Os fariseus, vendo isto, diziam aos discípulos: «Porque é que o vosso Mestre come com os cobradores de impostos e os pecadores?» Jesus ouviu-os e respondeu-Lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Ide aprender o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.»”. (Mt 9, 9-22).

  • Cântico do Amor” - (1 Cor 13:11-13)
    • Ter fé, é confiar em Deus / Confiar = acreditar = amar;
    • A fé é viver o que se acredita e o fanatismo por romeiros não é ter fé;
    • A fé, dá frutos a quem acredita – “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15:5);
    • A fé é a nossa salvação – “A fé é que nos salva”;
    • Resumindo: a fé é acreditar sem ver;
    • Deus só atua, se dissermos “Sim” ao seu chamamento;
  • “Esperança” – “Esperamos” que a nossa oração mude algo porque…
    • Deus é omnipresente, misericordioso e cumpridor das suas promessas;
    • O cristão espera a salvação, (1 Ts 5, 8) - confia numa concretização;
  • “Caridade” – A caridade é o Amor.
    • “O Amor tudo crê, tudo perdoa”; “O amor é paciente, o amor é bondoso”;
    • O amor é PAZ, isto é, a ciência da paciência;
  • “Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós”;
  • Existem 3 tipos de HOMENS: os Maus, os Justos e os FILHOS DE DEUS
    • Maus: respondem ao bem com o mal;
    • Justos: respondem ao bem com o bem e ao mal com o mal;
    • FILHOS DE DEUS: respondem ao mal com o bem;
  • Diferenças entre Bom homem e HOMEM bom:
    • Bom homem: não faz mal a ninguém, mas não faz bem a ninguém;
    • HOMEM bom: não faz mal a ninguém e faz o bem a TODOS;

  3.4.2 – REGULAMENTO RQSM: Artigos 5.º a 13.º

  • Estudo e explicação do Regulamento:

Subsecção II (Dos responsáveis e Colaboradores do Rancho)

Art.º 5.º: Cada Rancho de Romeiros terá: Mestre, Contramestre, Procurador de Almas, Lembrador de Almas, dois Guias, um ou mais Despenseiros e Ajudantes.

§ Único - O Mestre e o Contramestre são considerados os Responsáveis pelo Rancho e os demais são Colaboradores.

Subsecção III (Da nomeação, Duração do Mandato e Atribuições dos Responsáveis e Colaboradores)

Art.º 6.º (Da nomeação do Mestre e do Contramestre)

1. O Mestre e o Contramestre são nomeados pelo Pároco da localidade, ouvido o Conselho Pastoral. Podem também ser propostos por um grupo de paroquianos, que sejam ou tenham sido Romeiros, dispensando-se, neste caso, a audição do Conselho Pastoral.

  1. A escolha deverá recair em paroquianos, cristãos conscientes, piedosos, humildes, zelosos e cumpridores das suas obrigações de católicos, que tenham qualidades de liderança e chefia.
  2. Da nomeação do Contramestre, deverá ser ouvido o Mestre.
  3. Excecionalmente, a nomeação do Mestre poderá recair em cristãos de fora da localidade, mas suficientemente conhecido pelo respetivo Pároco. Quando assim acontecer, o Contramestre deverá ser forçosamente um residente.

Art.º 7.º (Da duração do mandato dos Responsáveis)

  1. O mandato do Mestre e do Contramestre durará cinco anos.
  2. Após o mandato o Rancho deverá ser ouvido, com votação em escrutínio secreto, elegendo o Mestre e o Contramestre, sendo depois os dois nomes enviados ao Pároco para aprovação, conforme o determinado no n.º 1 do Art.º 6.º dos presentes estatutos.

Art.º 8.º (Das atribuições do Mestre)

  1. Compete ao Mestre:

     a) Superintender em tudo o que possa conduzir ao bom êxito da Romaria.

     b) Usar de caridade e justiça para com todos os Irmãos, de maneira que o respeitem e o estimem.

     c)  Conservar a paz, harmonia e disciplina entre todos os Irmãos do Rancho, na preparação e durante a caminhada.

     d) Providenciar para que sejam observadas as normas do Regulamento e praxes tradicionais da Romaria, evitando a introdução de modificações ou abusos.

     e)  Tomar providências para que o Rancho participe na Eucaristia todos os dias.

     f)  Fazer diariamente, sempre que possível pela manhã, uma leitura bíblica e meditação, escolhidas e preparadas antecipadamente, se possível com o Pároco.

     g) Regular a marcha, determinando as suas interrupções para descanso dos Irmãos, necessidades fisiológicas e refeições.

     h) Cuidar da saúde dos Romeiros, providenciando, se necessário, a ida dos doentes aos Centros de Saúde ou Postos de Socorro mais próximos; em caso de maior gravidade, providenciar pelo transporte do doente a casa, determinando quem o deverá acompanhar, se for necessário.

     i)  Zelar pela fidelidade às Orações pedidas ao Rancho, que deverão ser rezadas em voz alta.

     j)  Velar pela segurança rodoviária dos Romeiros, durante as caminhadas noturnas do Rancho, devendo os últimos Romeiros das duas alas serem portadores de faixas de material fluorescente, para que o Rancho seja melhor identificado.

     k)  Evitar descansos demorados nos caminhos ou nas refeições em prejuízo da visita a algumas “Casinhas” de Nossa Senhora ou a passagem por mais alguma freguesia.

  1. Compete ainda ao Mestre, ouvido o Contramestre:

     a) Nomear os colaboradores do Rancho.

     b) Determinar a semana da saída e os locais de pernoita.

     c)  Definir previamente o itinerário, alterá-lo, excecionalmente, se for necessário.

     d) Orientar a admissão dos Irmãos, devendo pedir opinião ao Pároco, que decidirá nos casos controversos.

     e)  Cuidar da preparação da Romaria e dos Romeiros.

     f)  Determinar a hora de saída das localidades das pernoitas.

     g) Organizar e preparar os encontros, reuniões ou outras atividades do Pós-Romaria.

     h) Emitir opinião sobre os Romeiros que queiram integrar o Grupo Paroquial de Romeiros.

     i)  Designar quem deverá fazer a Oração em cada Igreja ou Ermida, a Oração da manhã, da noite (na pernoita) ou às refeições (antes e depois).

Art.º 9.º (Das atribuições do Contramestre)

Compete ao Contramestre:

  1. Desempenhar as funções do Mestre nas ausências deste.
  2. Cooperar e coadjuvar o Mestre nas matérias referidas no n.º 1 do artigo anterior.
  3. Emitir opinião nas matérias referidas no n.º 2 do artigo anterior.

Art.º 10.º (Da nomeação e atribuições do Procurador das Almas)

  1. O Procurador de Almas é o Romeiro, nomeado pelo Mestre, que recebe e faz a contagem das Orações pedidas pelo povo, durante a caminhada.
  2. A contagem poderá ser feita, como é tradicional, pelas contas do terço, devendo indicá-la ao Mestre para que o Rancho as reze, quando aquele julgar conveniente.
  3. As Orações e pedidos especiais deverão ser logo rezados pelo Rancho.
  4. O Mestre poderá designar um dos seus ajudantes para colaborar com o Procurador, nos casos de maior necessidade (saídas de Missas, passagem em algumas Freguesias, etc.).

Art.º 11.º (Da nomeação e atribuições do Lembrador das Almas)

O Lembrador das Almas é o Romeiro, nomeado pelo Mestre, que, durante a caminhada, tem a seu cargo anunciar e pedir Orações especiais. Deverá fazê-lo:

  1. Interrompendo o canto da “Ave Maria”, em voz alta e percetível por todos, com uma “Salva”: Seja bendita e louvada a Sagrada Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, ao que todos respondem: Seja para sempre louvado com Sua e Nossa Mãe, Maria Santíssima, ao que se segue o pedido da Ave Maria.
  2. Aquando da passagem do Rancho pelos cemitérios, pedindo pelas almas daqueles que lá estão sepultados.

Art.º 12.º (Da nomeação e atribuições dos Guias)

  1. Os Guias são os Romeiros, nomeados pelo Mestre, que conduzem o Rancho pelo itinerário

     previamente traçado.

  1. Se surgirem dúvidas com o Rancho em andamento deve-se pedir, sem parar e através de sinais, ao Mestre ou Contramestre que indique o caminho a seguir.

Art.º 13.º (Da nomeação e atribuições dos ajudantes)

  1. Os ajudantes são os Romeiros que, nomeados pelo Mestre, auxiliam e colaboram com ele, nas seguintes funções:

     a) Fazer as Orações nos templos por ele indicados.

     b) Cooperar com o Mestre nas Orações comunitárias do Rancho: “Rezas” e Orações pedidas, “1.º Terço do dia”, “lembrar as almas”, “salvas”, etc.

     c)  Coordenar as refeições, providenciando, como despenseiros, a compra dos alimentos e bebidas, quando for caso disso.

     d) Cooperar com o Mestre e o Contramestre em todos os casos imprevistos.

 

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  3.4.3 - PARTE PRÁTICA:  Preparação Física – Ambiente - Formatura – Canto da Ave Maria          

  • Cântico;
  • Recomendações:
    • A Romaria é uma semana dura, devemos todos tomar as nossas providências;
    • Alertar para o calçado – importância das caminhadas – fazer alguma preparação física;
    • Tipo de calçado (de preferência usados);
    • Peúgas (meias) – de algodão – o truque antigo de virar ao contrário, devido às costuras;
    • Podem levar calças de fato-treino – no passado recente não era permitido;
    • Impermeáveis, nas localidades debaixo da indumentária (colocar o capucho debaixo do lenço);
    • Cores das roupas (se possível mais para o escuro);
    • Indumentária – começar a comprar ou pedir a alguém emprestado;
    • Evitar estar de mangas de camisa ou T-shirts. Tentar manter sempre os braços cobertos;
  • Cuidados a ter com a nossa apresentação:
    • Sempre que entramos numa localidade, redobrar a postura e apresentação;
    • O irmão que vem atrás, endireita o lenço do irmão da frente;
    • Cuidado em não sujarem-se nas paragens e cuidados com a sua higiene pessoal;
    • Recomendamos o corte do cabelo, é sinal de boa aparência e de higiene;
  • Ambiente:
    • Hábitos de vida saudável e ambiental: Valorizar a nossa Natureza;
    • A equipa responsável pela limpeza e supervisão dos espaços;
      • Por exemplo enquanto fazemos as orações das refeições, eles conferem tudo;
    • Não é permitido lançar nada ao chão: Nem garrafas, nem papel de rebuçados, etc.;
  • Formatura:
    • Agendar uma reunião na Igreja para trabalhar as entradas e saídas nas Igrejas;
    • Mesmo nos escampados, caminhos rurais fora das Localidades, o Rancho é sempre formado;
  • Até mesmo nas orações das refeições, o Rancho é sempre formado;
  • Bordão sempre na vertical – não fica bem o bordão à “cabreiro” (na diagonal), nem afincar na terra;
    • Os responsáveis vão chamar à atenção;
  • O início da Marcha ou andamento: é feito pelo Contramestre;
  • Interrupções da Ave Maria: é feito pelo Lembrador das Almas (por estar mais à frente);
  • Nas paragens, não devem afastar-se sem autorização;
  • Exemplos de Formaturas:[5]
    • FORMATURA NORMAL e disposição da Equipa Responsável:
  • Geralmente os irmãos mais novos vão sempre na frente;
  • Os irmãos Guias e o Lembrador das Almas têm a responsabilidade de zelar pelas crianças;
  • No decorrer da caminhada, os irmãos mais novos, poderão ficar entre os irmãos adultos;
  • Esta Formatura é feita na última reunião e a ordem pode sofrer alterações durante a Romaria;
  • O Rancho divide-se em 2 partes: o grupo da ‘AVE MARIA’ e o grupo da ‘SANTA MARIA’;
  • Durante a caminhada, cada grupo canta a sua parte do canto da Ave Maria:
    • O grupo da frente da AM, canta “Ave Maria cheia de graça… do vosso ventre Jesus.”;
    • O grupo de trás da SM canta “Santa Maria Mãe de Deus… da nossa morte Amém, Jesus.”;
  • FORMATURA DAS MADRUGADAS e manhãs:
  • O Mestre vai na frente, para ver como estão os irmãos mais novos, para inteirar-se do seu estado anímico, físico e espiritual;
  • O Mestre também aproveita para dar algumas instruções aos guias de possíveis alterações ao itinerário, especialmente em condições climatéricas muito adversas;
  • FORMATURA DE TRÂNSITO e as alterações dos responsáveis:
  • Apenas os dois irmãos responsáveis pelo trânsito coordenam a ultrapassagem ao Rancho;
  • Mais ninguém está autorizado a mandar seguir o trânsito;
  • O Rancho segue em frente concentrado na sua oração em silêncio e no seu lugar;
  • FORMATURA NAS IGREJAS e todos os templos:
    • Nesta Formatura, o grupo da ‘Santa-maria’ contorna todo o grupo da ‘Ave Maria’ até aos Guias;
    • A Equipa Responsável em cada oração em frente a uma igreja, forma-se em linha atrás dos dois grupos, fechando o Rancho;
    • Qualquer irmão pode realizar uma oração em frente a um templo;
    • Em frente a uma Igreja, olhar em frente e não para os lados;
    • Os oradores são previamente selecionados pelo Contramestre;
  • Os bordões nunca entram nos templos, ficam sempre no exterior;
  • FORMATURA DAS REZAS em andamento:
  • O grupo da Santa Maria contorna o grupo da Ave Maria, tornando o Rancho mais curto e compacto, de forma, a que todos ouçam o irmão Procurador das Almas, ou outro irmão destacado pelo Mestre, para as seguintes rezas:
    • O “Terço da Pernoita”, é a recitação de um Terço meditado, em voz alta, pelas intenções das famílias que nos vão acolher do ar da noite;
    • O “Terço da Reza pedida”, consiste na recitação em voz alta, de um terço completo de Ave Marias, de Pai-nossos, ou outras orações pedidas ao Rancho;
    • Esta Formatura é utilizada também, na recitação de outras orações em voz alta, tais como, “Terços aos Padroeiros”, Ladainhas, Jaculatórias, etc.;
  • O canto da ‘Ave Maria’: a história, o tom e a cadência;
    • As origens do canto da Ave Maria;

Certamente, devido ao espaço temporal que se encontra desde os terramotos de 1522 e 1563 até aos dias de hoje, o canto da Ave Maria, deverá ter sofrido algumas transformações. “O som cadenciado, lento, lúgubre, como se de um som de caldeira a ferver se tratasse, ilustra, em pleno, a cor da ilha verde do Arquipélago dos Açores.” Segundo o Pe. José Paulo Machado, a Ave Maria “é um som telúrico. Como se viesse das entranhas da terra. E eu acho que o som da Ave Maria é um som que tem a ver com esta terra, quase como um terramoto que nos invade. É um som muito virado para esta terra, que é vulcânica”. A Dr.ª Ana Carvalho refere mesmo na sua dissertação, que a Ave Maria tem “o poder que parece transformar a melodia em oração. (…) Será esta melodia a fonte da força para superar a prova dura e de fé que são as Romarias Quaresmais de São Miguel?” A Ave Maria aproxima-se da melodia medieval, do canto gregoriano. A melodia gregoriana é constituída por uma linha melódica, concebida para ser cantada sem qualquer tipo de acompanhamento, portanto, inteiramente monofónica e para ser cantada por voz masculina.[6]

  • É um canto em modo menor e que tem contornos modais com o seu caráter rigorosamente monódico. A Ave Maria “é uma canção entoada de forma triste e melancólica.” O Pe. Ernesto Ferreira, na sua obra de 1927, define-a como uma “expressão de pungentíssima mágoa”. Os padres/frades franciscanos foram os primeiros evangelizadores, por isso, existe uma grande dose de franciscanismo: “Eu te saúdo oh Maria” e a tradicional “Seja bendita e louvada…”[7]
  • Efetivamente o canto da Ave Maria sofreu algumas alterações no tempo, prova disso é a partitura apresentada por Urbano Mendonça Dias, no I Capítulo (ver pág. 27), que comparativamente a esta partitura (como cantam os romeiros de Vila Franca do Campo), apresenta diversas alterações;
  • Nos dias de hoje, o canto da Ave Maria não difere muito da partitura acima, no entanto, alguns Ranchos da parte poente e nascente da ilha interpretam em dois momentos de forma diferente, nomeadamente:
  • MUITO IMPORTANTE: pronunciar bem as palavras, por exemplo “…O Senhor é convosco…”;
  • Em andamento, cada grupo canta a sua parte correspondente da Ave Maria e Santa-maria;
  • Palavra ao Contramestre;
  • AVISOS:
    • Aviso da Próxima Reunião: Na Igreja;
    • “Missa dos Romeiros” no próximo domingo / combinar caminhadas de preparação;
  • Oração Final;
 
 

  3.5 – 4.ª REUNIÃO DE PREPARAÇÃO

  • Oração Inicial;
  • Respeito ao local onde estamos (Se a reunião for na Igreja);
  • Resumo da última reunião de preparação;
  • Fecho das inscrições para a Romaria (no final da reunião anunciar “quantos são?”);

  3.5.1 - PARTE DOUTRINAL: Ordinário da MISSA e Liturgia

  • Convidar o Sacerdote – Outro tema Doutrinal:
    • Na impossibilidade da presença do Pároco, podem ser convidados Leigos;
    • Apresentar o “Ordinário da Missa” ou esquema da missa;
    • Caso o Pároco, não possa comparecer, solicitar um esquema completo com as respostas da assembleia durante uma Eucaristia;
      • Rever com o Rancho estas respostas da assembleia;
      • A importância do romeiro em “responder à missa”;
  • ORDINÁRIO DA MISSA ou esquema da missa:
    • missa divide-se nas seguintes partes: ritos iniciais, liturgia da Palavra, liturgia eucarística e rito conclusivo.

 

ESQUEMA DA MISSA

1. RITOS INICIAIS

Entrada, saudação, ato Penitencial, Kyrie (Senhor, tende piedade de nós), Glória e Oração coleta (exprime o caráter da celebração e dirige súplica a Deus)

2. LITURGIA DA PALAVRA

Leituras bíblicas, cânticos intercalares (Salmo + Aleluia), homilia, Profissão de fé (Credo) e Oração Universal (Preces)

3. LITURGIA EUCARÍSTICA

- Ofertório: Procissão das ofertas, apresentação das ofertas, oração sobre as ofertas;

- Oração Eucarística: Ação de graças, Aclamação (Santo), Epiclese (imploração do poder divino para que os dons oferecidos se convertam no Corpo e Sangue de Cristo), narração da instituição e consagração (narração das palavras e gestos de Cristo na Última Ceia e realização do sacrifício que Ele aí instituiu), Anamnese (recordação da paixão, ressurreição e ascensão do Senhor), Oblação (oferta da hóstia Imaculada e, com ela, da própria Igreja), intercessões, doxologia final (glorificação de Deus);

- Rito da Comunhão: Oração dominical (Pai-nosso), rito da paz (com abraço da paz), Comunhão, oração depois da comunhão;

4. RITO CONCLUSIVO

Comunicados, bênção e despedida

  • A oração das orações é a MISSA ou EUCARISTIA;
  • O ANO LITURGICO:
    • Exemplificar o tempo da Quaresma:
      • Quarta-feira de cinzas e os 40 dias para reencontrarmo-nos com o Senhor;
      • Explicar a importância do número 40 na Bíblia: Moisés (40 anos), Jesus (40 dias);
  • Liturgia:
    • Animação das missas nas Romarias;
    • Leitores pré-selecionados e avisados;
    • Salmos – se possível cantados;
    • As leituras de sábado à noite são geralmente, iguais às de Domingo;
    • Calendário Litúrgico - o Site do nosso Rancho tem estes dados;
  • A importância do canto:
    • “Quem canta reza duas vezes”;
    • Importância do Canto na Romaria;
    • O nosso Grupo Coral:
      • O papel de cada um no Grupo Coral;
  • Aos que não têm jeito para cantar, a presença é fundamental, fomenta o espírito de Irmandade;
  •  

141. ‘Ano Litúrgico’ | Fonte da imagem: pccaparica.com

Paróquia de Nossa Senhora da Conceição

Originalidade dos nossos cânticos. Há Ranchos que cantam os nossos cânticos;

 

  • A música na caminhada da Quaresma:[8]
    • As Romarias encontram na música a forma de conseguir cumprir o objetivo da peregrinação e no canto a forma mais elevada de oração;
    • “Os romeiros cantam um vasto repertório musical para as suas celebrações bem como a sua música da caminhada” e “o ensaio musical é tão importante na preparação como a evangelização”;
    • “Durante esta semana, um romeiro caminha mais e dorme menos, canta mais do que está em silêncio e canta mais do que reza”;
    • Já diz o ditado popular: “Quem canta seus males espanta” – é uma forma de esquecermos as nossas dores, sofrimentos e dificuldades da caminhada, portanto, gera uma força inexplicável;

 

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  3.5.2 - PARTE PRÁTICA: O canto na liturgia e na Romaria

  • PREPARAR O GRUPO CORAL:
    • Ambientar os novos irmãos ao espaço reservado ao Grupo Coral;
    • Distribuir os cânticos (ver os cânticos no V Capítulo, no ponto 5.4.1 – Grupo Coral dos Romeiros);
    • Dar prioridade ao ensaio dos cânticos para a Eucaristia de «Quarta-Feira de CINZAS»;
  • Pernoitas dos Ranchos:
    • Distribuir o Mapa das Pernoitas, dos Ranchos que pernoitam da nossa Paróquia;
  • Anunciar “quantos irmãos somos” (este ano) e Palavra ao Contramestre;
  • AVISOS:
    • Hora da Missa de “Quarta-feira cinzas” (se esta for a última reunião antes das “Cinzas”);
    • Aviso da Próxima Reunião: regresso ao Salão | Outros avisos;
  • Oração Final;

Anexos necessários: Ordinário ou ’Esquema da Missa’ e ‘Cânticos’ para o ensaio;

 

 

  3.6 – 5.ª REUNIÃO DE PREPARAÇÃO

  • Oração Inicial;
  • Resumo da última reunião de preparação;

  3.7.1 - PARTE DOUTRINAL: A Oração e a Bíblia

  • O que é ORAR? e o que é REZAR?
    • Semelhanças e diferenças;
    • Orar vem de oração – dizer uma oração;
    • Rezar – é falar com Deus;
    • Necessidades da oração (Jo 14, 21). Senhor, ensina-nos a orar (Lc 11, 1-4);

O Pai-nosso – Sucedeu que Jesus estava algures a orar. Quando acabou, disse-Lhe um dos seus discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar, como João também ensinou os seus discípulos.» Disse-Lhes Ele: «Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o Teu nome; venha o teu Reino; dá-nos o nosso pão de cada dia; perdoa os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos ofende; e não nos deixes cair em tentação.»”

(Lc 11, 1-4).

  • “Formas” de oração:
    • Pessoal e/ou Comunitária;
    • Em voz alta ou em silêncio;
    • Meditada ou Meditação em conjunto (muito importante na Romaria);
    • Leitura Bíblica;

 

142. Esquema da Bíblia (2021) | In M.R.P.

 

  • A BÍBLIA:
    • O que é a palavra Bíblia? São Livros (Uma autentica biblioteca num único livro).
    • O que é a Bíblia? A palavra de Deus dirigida aos homens.
    • Em quantas partes se divide? 2, o antigo e o novo testamento.
    • Quem é o autor principal? Deus.
    • E o autor secundário? É o escritor sagrado: Profetas, Evangelistas, S. Paulo...
    • Quantos livros tem o Antigo Testamento (AT) e o que é?
      • 46 Livros – História do povo de Deus, desde as origens à vinda de Jesus.
    • Quantos livros tem o Novo Testamento (NT) e o que é?
      • 27 Livros – História do povo de Deus, desde a vinda e vida de Jesus aos inícios da Igreja.
    • Cada livro tem vários temas, como se designa? Capítulo.
    • Cada capítulo tem várias identificações, como se designam? Versículos.
    • Em que material escreveram os Livros antes e depois de Cristo? Em papiro e pergaminho.
    • Diferença de ambos? Papiro: planta do Egipto – Pergaminho: pele de cordeiro.
    • Em que língua foi escrito? Aramaico, Grego e Hebraico.
      • Mais tarde, foram todos traduzidos para o Latim.
      • Só depois foram traduzidos para todas as línguas.
  • ESTUDO:
    • Ler a Bíblia é estudar: “Uma hora de estudo, é uma hora de oração”;
    • Na Romaria tudo começa na palavra de Deus:[9]
      • “Não foste vós que me escolheste, fui eu que vos escolhi a vós e vos destinei a ir e a dar fruto, e que o fruto permaneça” João 15: 16
      • “Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá” Jo 16:23
      • A Cruz, vai à frente: “Segue-me” Jo 1, 43
      • Caminho: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” Jo 14, 6
      • O Rancho: “Começou a enviá-los dois a dois” Mc 6, 7
      • O Mestre e os irmãos: “Eu sou o Mestre e vós meus discípulos” Jo 13
      • “O discípulo não está acima do Mestre, nem o servo acima do Senhor”  Mt 10, 24-33
      • Bordão: “Ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser um bordão” Mc 6, 7
      • Pai-nosso: “Rezai pois assim: Pai-nosso…” Mt 6, 9-13
      • Ave Maria: “Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo” Lc 1, 28
      • Oração das Refeições: “E, quando se pôs a mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção…” Lc 24, 30
      • Nos momentos difíceis da Romaria: “Onde estiverem dois ou três em meu nome, eu estarei no meio deles” Mt 18, 19
      • Pernoitas: ”Ao entrardes numa casa saudai-a” Mt 10, 11-12
      • Chegada: “Eu renovo todas as coisas” Ap 21, 5
      • “Eu estarei sempre convosco até aos fins dos tempos” Mt 28, 20
      • É tempo de termos a Bíblia na mão e Deus no coração.

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  3.7.2 - REGULAMENTO RQSM: Artigos 14.º a 18.º

  • Estudo e explicação do Regulamento:

Secção III (Da admissão dos Romeiros e da Preparação da Romaria)

Subsecção I (Da Admissão)

Art.º 14.º

  1. Somente deverão ser admitidos como romeiros:

     a) Homens dotados do uso da razão, com capacidade para participar nos Sacramentos da Penitência e da Eucaristia e que habitualmente procuram cumprir os Mandamentos da Lei de Deus e da Santa Igreja.

     b) Homens com espírito de obediência para aceitar e cumprir as normas do Regulamento e as que lhes forem determinadas pelos responsáveis e com saúde suficiente para poderem fazer a caminhada.

  1. Os residentes de outras localidades, não conhecidos dos responsáveis do Rancho onde pretendem incorporar-se, devem ser portadores de credenciais dos respetivos Párocos. O Mestre deverá ajuizar das qualidades exigidas para a Romaria, devendo ainda procurar saber e confirmar a verdade dos motivos porque não vão no Rancho da sua freguesia.

 

Subsecção II (Da Preparação)

Art.º 15: A preparação das Romarias compreende tudo o que envolver a saída do Rancho da Paróquia, bem como a preparação próxima dos que sejam admitidos à Romaria.

Art.º 16

  1. A preparação próxima dos Romeiros deverá ter uma componente prática e outra doutrinal/espiritual. Esta preparação, em conjunto, não poderá ser inferior a 20 horas, sob pena da não participação na Romaria.
  2. Cada Rancho poderá estabelecer o seu mínimo de horas em consonância com o Pároco, mediante o nível de formação cívica e doutrinal/espiritual dos irmãos que irão participar no mesmo.

Art.º 17

  1. A preparação próxima tem ainda como objetivo a criação de um espírito de grupo (amizade, harmonia e fraternidade) entre os Romeiros, de verdadeira comunhão, pelo que os admitidos à Romaria devem logo começar a tratar-se por “irmãos”.
  2. Por deferência, o tratamento dos responsáveis deverá ser o do cargo, antecipado de Irmão (Ex. Irmão Mestre) e o dos demais pelo nome ou apelido. Devem ser evitadas alcunhas.
  3. Se, na admissão ou durante a preparação, os responsáveis tomarem conhecimento que dois ou mais Irmãos estão desavindos entre si, o Mestre procurará, como bom pai de família, em separado, que se reconciliem entre si, com a advertência de que se mantiverem a desavença não se poderão incorporar no Rancho.

Art.º 18:

1. Componente prática da preparação dos Romeiros compreende:

     a) A exercitação do canto da Ave Maria, das “Salvas”, dos cânticos para as Missas, das Orações nas Igrejas e Ermidas e noutras ocasiões especiais.

     b) A leitura e comentário das normas do Regulamento no que tocar às Romarias Quaresmais.

     c) O perfeito conhecimento do sentido de cada oração pedida e as consequentes obrigações próprias dos Romeiros.

     d) A indumentária (roupa e calçado) dos Romeiros – exigências e experiências.

     e) O modo de ser e estar (comportamento) do verdadeiro Romeiro.

2.  A componente doutrinal deverá compreender a leitura, meditação e reflexão bíblica sobre temas ligados aos valores evangélicos: Penitência e Oração; conversão e reconciliação; vida em Cristo (Graça); Virtudes Teologais (Fé, Esperança e Caridade); fraternidade (aceitação, partilha, etc.) ou outros que vão ao encontro das necessidades do Rancho.

3.  A componente prática fica a cargo dos responsáveis pelos Ranchos, podendo, numa experiência de comunhão, ser convidados os membros do Grupo Coordenador ou os responsáveis de outros Ranchos.

4.  A componente doutrinal deverá ficar a cargo do Pároco, ou dos responsáveis pelo Rancho, ou, se for julgado conveniente e depois de ouvido o Pároco, poderão ser convidadas outras pessoas: Sacerdotes, Religiosos ou Leigos.

 

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   3.7.3 - PARTE PRÁTICA: Como rezar o Terço         

  • Como surgiu o Terço do Rosário: (in “A importância e Beleza do Santo Rosário”, Alano de La Roche)

 “A oração do Santo Rosário surge aproximadamente no ano 800 à sombra dos mosteiros, como Saltério dos leigos. Dado que os monges rezavam os salmos (150), os leigos, que em sua maioria não sabiam ler, aprenderam a rezar 150 Pai-nossos. Com o passar do tempo, se formaram outros três saltérios com 150 Ave Marias, 150 louvores em honra a Jesus e 150 louvores em honra a Maria.

No ano 1365 fez-se uma combinação dos quatro saltérios, dividindo as 150 Ave Marias em 15 dezenas e colocando um Pai-nosso no início de cada uma delas. Em 1500 ficou estabelecido, para cada dezena a meditação de um episódio da vida de Jesus ou Maria, e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios.

A palavra Rosário significa 'Coroa de Rosas'. A Virgem Maria revelou a muitas pessoas que cada vez que rezam uma Ave Maria é-lhe entregue uma rosa e por cada Rosário completo lhe é entregue uma coroa de rosas. A rosa é a rainha das flores, sendo assim o Rosário a rosa de todas as devoções e, portanto, a mais importante. O Santo Rosário é considerado a oração perfeita porque junto com ele está a majestosa história de nossa salvação. Com o rosário, meditamos os mistérios de gozo, de dor e de glória de Jesus e Maria. É uma oração simples, humilde como Maria. É uma oração que podemos fazer com ela, a Mãe de Deus. Com a Ave Maria convidamos Maria a rezar por nós. A Virgem sempre nos dá o que pedimos. Ela une, Sua oração à nossa. Portanto, esta é mais poderosa, porque Maria recebe o que ela pede, Jesus nunca diz não ao que Sua mãe lhe pede. Em cada uma de suas aparições, nos convida a rezar o Rosário como uma arma poderosa contra o maligno, para nos trazer a verdadeira paz. O Rosário é composto de dois elementos: oração mental e oração verbal. No Santo Rosário a oração mental é a meditação sobre os principais mistérios ou episódios da vida, morte e glória de Jesus Cristo e de sua Santíssima Mãe. A oração verbal consiste em recitar vinte dezenas (Rosário completo) ou cinco dezenas da Ave Maria, cada dezena iniciada por um Pai-nosso, enquanto meditamos sobre os mistérios do Rosário. A Santa Igreja recebeu o Rosário em sua forma atual em 1214 de uma forma milagrosa: quando a Virgem apareceu a São Domingos de Gusmão e entregou-o como uma arma poderosa para a conversão dos hereges e outros pecadores daquele tempo. Desde então sua devoção se propagou rapidamente em todo o mundo com incríveis e milagrosos resultados. Em 2002, São João Paulo II sugeriu (não obrigou) e recomendou vivamente que se adicionasse mais um mistério no Santo Rosário, de forma que se contemple nessa oração outros factos importantes da vida de Jesus, Seu Batismo no Rio Jordão, Seu primeiro milagre em Caná, Seu apelo à conversão, Sua Transfiguração e a Instituição da Eucaristia (Mistérios Luminosos).”

  1. Sinal da Cruz
  2. CREDO
  1. GLÓRIA
  2. Anunciar os Mistérios e proclamar o 1.º Mistério
  3. PAI-NOSSO
  4. Dez AVE MARIAS (meditando sobre cada mistério)
  5. GLÓRIA e depois a jaculatória: Ó Maria concebida sem pecado, – rogai por nós que recorremos a Vós; Ó meu Jesus perdoai-nos e livrai-nos de todo o mal, – e levai-nos todos para céu; Rainha da Paz, – Rogai por nós.

(Repetir do 4 ao 7, durante os 5 Mistérios)

  1. Oferecimento das três Ave Marias.
  2. A SALVE-RAINHA é a última oração a rezar.

Recitação dos Mistérios:

  • Mistérios Gozosos: segundas-feiras e sábados;
  • Mistérios Dolorosos: terças e sextas-feiras;
  • Mistérios Gloriosos: quartas-feiras e domingos;
  • Mistérios Luminosos: quintas-feiras;

Nota: Quando o Terço do Rosário é recitado em voz alta por duas ou mais pessoas, uma pessoa lidera. Ele diz a primeira parte da oração. Todos os outros respondem o restante da oração. "Credo e a Salve Rainha" são recitados por todos juntamente.

  • Como levar o terço:
    • Posição do terço – com o antebraço na horizontal (ver imagem 144);
    • Marcação das rezas, sempre que é interrompida (o tradicional alfinete);
  • A Oração na Romaria:
    • O romeiro começa e termina o dia a rezar, dar exemplos.
    • O canto da Ave Maria é uma oração constante: “Quem canta reza duas vezes”
  • Diferença das rezas pedidas, das rezas pessoais:
    • Terço - Rezas pedidas (são das mais importantes): são solicitadas pelo Mestre;
    • Terço - Rezas pessoais pelas nossas intenções: pedidas pelo Contramestre (rezadas em silêncio);
  • Formas de rezar na Romaria - rezas pedidas:
    • Ave Maria: em voz alta e é escolhido um local mais silencioso (reza bem feita);
    • Pai-nosso, Glórias e Salve-Rainha: também rezadas em voz alta;
  • Formas de rezar na Romaria - rezas pessoais:
    • Ave Maria cantada, não deixa de ser uma AM rezada, desde que tenhamos consciência do ato que estamos a fazer;
    • No intervalo da Ave Maria ou da Santa Maria, podemos rezar em silêncio;
    • Quando termina as rezas pedidas, podemos iniciar outras rezas/orações;
    • Nos Intervalos, respeitar os irmãos que se encontram isolados a terminar as suas rezas;
  • Recomendar a não visita de familiares:
  • Exceto: “Dia da família” e em algumas refeições oferecidas;
  • E na madrugada de domingo: assistindo à Missa no Convento da Esperança;
  • O uso do telemóvel:
    • Sensibilizar os irmãos do “disconnect” total do mundo exterior (desligar-se da vida diária);
    • Estamos em retiro;
  • Preparar alternativas para as Pernoitas – Ajudas – Casas particulares:
    • Relembrar que todos têm a responsabilidade de acolher romeiros;
    • Responsabilidade não é obrigação, mas sim colaboração em acolher;
  • AVISOS;
  • “Refrescos” a Ranchos;
  • Realização da VIA-SACRA;
  • “Missa dos Romeiros”;
  • Aviso da próxima reunião;
  • Palavra ao Contramestre;
  • Oração Final;

Anexos necessários:

  • Bíblia / Esquema da Bíblia / Como rezar o Terço / Mapa das Pernoitas;
 
 

 

  3.7 – REALIZAÇÃO DE UMA "VIA-SACRA"

 

No primeiro domingo da Quaresma, realizamos uma VIA-SACRA antes da Eucaristia da noite, onde toda a Comunidade também é convidada a participar. Pretendemos marcar o início da Quaresma, seguindo e partilhando os sentimentos de Jesus e sua Mãe Maria Santíssima, durante todo o doloroso caminho até ao Gólgota. Nos sofrimentos de cada estação, compreenderemos melhor o peso das nossas faltas e dos nossos pecados. Que a tristeza que sentimos ao pecar, seja vencida pela alegria do perdão, para alcançarmos a misericórdia do Senhor, para uma Santa Romaria. Na recitação da Via-Sacra, geralmente são envolvidos como leitores os irmãos “novos” (que vão pela 1.ª vez).

 

  3.8 – 6.ª REUNIÃO DE PREPARAÇÃO

 

  • Oração Inicial;
  • Resumo da última reunião:
    • A Oração, a Bíblia e o ‘Pai-nosso’;
    • O Terço, como se reza, como se transporta, como marcar a reza;
    • Como rezar em Romaria: a reza pedida e a reza pessoal;

  3.8.1 - PARTE DOUTRINAL: Os Sacramentos

  • Sacramento da Unidade:

Oração Sacerdotal de Jesus – Assim falou Jesus. Depois, levantando os olhos ao céu, exclamou: «Pai, chegou a hora! Manifesta a glória do Teu Filho, de modo que o Filho manifeste a Tua glória, segundo o poder que Lhe deste sobre toda a Humanidade, a fim de que dê a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste. Eu manifestei a Tua glória na Terra, levando a cabo a obra que Me deste a realizar. E agora Tu, Ó Pai, manifesta a minha glória junto de Ti, aquela glória que Eu tinha junto de Ti, antes de o mundo existir”. (Jo 17,1-5)

  • Parábola do Bom Samaritano (Lc 10, 30-37)
  • SACRAMENTOS: são 7;
    • O que são os Sacramentos:
      • São atos salvadores de Cristo;
  • Os sacramentos são sinais;
  • São os canais que nos levam à santificação (à graça de Deus);
  • Sacramentos de Iniciação Cristã:
    • Batismo: É a porta de todos os sacramentos; É a união com Deus; É receber Jesus Cristo;
    • Comunhão ou Eucaristia: É o sacramento do amor; Encontro com Jesus; É o alimento do cristão;
    • Confirmação ou crisma: É a nossa fortaleza para a vida adulta, unindo-nos ainda mais à Igreja;
  • Sacramentos de Cura:
    • Confissão ou reconciliação: É o sacramento onde se obtém a misericórdia de Deus;
    • A Santa Unção ou unção dos Enfermos: Prepara a nossa entrada na casa do Pai;
  • Sacramentos de Cura:
    • Ordem ou Sacerdócio: Homens batizados escolhidos por Deus, para pastores da Igreja;
    • Matrimónio ou casamento: É o compromisso de duas pessoas com Deus;
  • “A Vida em Graça”         
    • O que é? É fundamental viver em graça;
    • Necessidades permanentes:

A medida – E prosseguiu: «Tomai sentido no que ouvis. Com a medida que empregardes para medir é que sereis medidos, e ainda vos será acrescentado. Pois àquele que tem, será dado; ao que não tem, mesmo aquilo que tem, lhe será tirado.» (Mc 4, 24-25).

  • É um bem indispensável, juntamente com a Paz (1 Cor 1, 1- 3); (2 Cor 1, 1-2).
  • Definições da graça:
    • A Graça é um dom de Deus | Carisma = dom;
    • Viver em graça é viver em comunhão | Comunhão = comum + união;
    • A graça é uma comunhão permanente;
    • A graça de Deus, faz-nos homens novos;
  • A vida em Graça nas Romarias:
    • Nova reconciliação, se pecar durante a caminhada;
    • Missa diária e a importância da Comunhão diária;
  • Primeiro formar o “Homem romeiro” e depois “Cristão Romeiro”
    • Pedir a bênção e “dar bom dia”, etc.;
  • O “Perdão” e os “Pecados”;
    • O Perdão (Mt 18, 21-22);

Perdão na Comunidade – Então, Pedro aproximou-se e perguntou-Lhe: «Senhor, se o meu Irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?». Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete». (Mt 18, 21-22)

  • Noção do pecado - o pecado mortal e a Graça.
  • Desaparece a Graça de Deus, enquanto existir o pecado;
  • Nós somos portadores do perdão de Deus (Mt 5, 23-26);
  • O perdão nas Romarias - uma Romaria pode ter valor infinito na expiação dos nossos pecados.
  • O “Sacramento” da Penitência.
    • A finalidade e necessidade do Sacramento.
    • A “crise” do Sacramento neste momento.
    • O dom deste Sacramento é dos maiores;
  • Depois de uma Romaria em vez de…
    • Odiar – passamos a amar;
    • Ressentimento – passamos a perdoar;
    • Mentira – passamos a dizer verdade;
    • Preguiça – passamos ao trabalho;
    • Tristeza – passamos a ter alegria
    • Tirar - passamos a dar

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  3.8.2 – REGULAMENTO RQSM: Artigos 19.º a 23.º

  • Estudo e explicação do Regulamento:

Secção IV (Da Semana da Romaria)

Subsecção I (Das condições Gerais a Observar)

Art.º 19.º

Todos os Romeiros devem:

  1.  Participar no Sacramento da Reconciliação nas vésperas da partida, procurando manter-se em estado de graça para que a Romaria seja espiritualmente proveitosa. Se algum Romeiro, durante a caminhada, precisar de orientação espiritual ou de se reconciliar, deve manifestar esse desejo ao Mestre, para que este providencie o encontro com um Sacerdote;

  2.  Participar na Eucaristia todos os dias;

  3.  Dar conhecimento ao Mestre das próprias falhas no cumprimento das normas do Regulamento referente às Romarias;

  4.  Obedecer pronta e imediatamente às ordens do Mestre e acatar as suas admoestações com humildade, devendo evitar desculpas sem sentido;

  5.  Visitar, quanto possível, todas as Igrejas e Ermidas da Ilha, que constam do itinerário previamente traçado pelos responsáveis do Rancho;

  6.  Observar silêncio em todo o percurso mesmo nos descampados; se houver necessidade imperiosa de trocar algumas palavras durante a caminhada, deverão fazê-lo em voz baixa, de modo a que não se deixe de ouvir o canto da Ave Maria, bem como as Orações pedidas pelo Rancho e as súplicas dos fiéis que se recomendam às Orações dos penitentes;

  7.  Rezar, cantando, a Ave Maria e todas as saudações comuns, segundo a tonalidade própria e tradicional; rezar um Terço pelas intenções de quem os acolher durante a noite;

  8.  Levar Terço, lenço de lã, xaile, saca para a comida e um bordão, tudo como é tradicional. Durante todo o percurso, o xaile deve ser levado aberto sobre os ombros e o lenço sobreposto por cima dele;

              9.  Contribuir, dentro das suas possibilidades, para as coletas feitas pelo Mestre;

            10.  O Romeiro que, tendo feito a preparação não puder, por motivo justificado, incorporar-se no dia da partida, pode ir ao encontro do Rancho no 1.º ou 2.º dia da caminhada em local previamente                 combinado com o Mestre. A incorporação no Rancho faz-se, como é tradicional, após autorização e com o Rancho parado, beijando o Crucifixo, cumprimentando o Mestre e todos os demais irmãos;

11.  O Romeiro que, por motivo grave e justificado, tenha de abandonar o Rancho, deve, com este parado e após autorização e consentimento do Mestre, despedir-se de todos os Irmãos, recomendando-se às suas Orações e considerando-se vinculado ao Rancho para as Orações pedidas.

12.  Oferecer apenas a sua oração e a pagela do Rancho.

13.  Todos os romeiros devem zelar pelo meio ambiente.

Art.º 20.º

Os Romeiros não devem:

  1. Fumar, comer, beber ou falar com o Rancho em andamento;
  2. Sair do Rancho e entrar em qualquer loja ou estabelecimento sem autorização prévia do Mestre, que apenas a dará em caso de absoluta necessidade;
  3. Fazer penitências especiais sem conhecimento do Mestre. O tradicional “pão e água” ou outras penitências devem ser do conhecimento do Pároco da localidade, a fim de ser encontrada, com o penitente, uma forma alternativa para o seu cumprimento, na eventualidade de algum imprevisto ou impossibilidade. Essa alternativa deverá ser comunicada ao Mestre;
  4. Dar esmolas isoladamente durante a caminhada, sem o consentimento do Mestre;
  5. Abandonar o Rancho;
  6. Visitar parentes ou amigos nas Freguesias onde o Rancho passar;
  7. Usar telemóvel, salvo em casos de emergência ou por motivos profissionais com autorização do Mestre.
  8. Levar consigo bebidas alcoólicas;
  9. Sair de noite depois de recolhidos.
  10. Não devem lançar lixo para o chão.

Subsecção II (Da caminhada propriamente dita)

Art.º 21.º: Todos os Ranchos devem ser portadores de um Crucifixo de média dimensão, o qual deverá ser levado à frente por um dos Romeiros mais jovens, que seguirá no meio dos dois guias.

Art.º 22.º

  1. O Rancho, salvo quando estiver em Oração conjunta (altura em que poderá caminhar de forma diferente), deverá ser formado com os Romeiros em duas alas.
  2. Os bordões deverão ser levados na horizontal, pelo lado de dentro das alas.
  3. O Terço deverá ser levado na mão contrária à do bordão.
  4. Salvo em casos excecionais, o Rancho deverá manter forma organizada, mesmo fora das localidades, o canto da Ave Maria poderá ser substituído pela Oração comunitária ou por Oração individual em silêncio meditativo.

 

Art.º 23.º: Após a saída da respetiva Paróquia, o Mestre, logo na primeira paragem possível, já sem a presença de outros paroquianos, pode convidar todos os Romeiros a uma eventual reconciliação entre si, com vista a que a peregrinação seja uma caminhada em autêntica comunhão. Mantendo-se desavenças que impeçam a união fraterna, deve o Mestre providenciar a saídas dos desavindos.

  3.8.3 - PARTE PRÁTICA: A Indumentária

  • A indumentária:
  • A indumentária tradicional: 2 Terços, 1 Lenço, 1 Xaile, 1 Bordão e 1 Saca (cevadeira).
  • Uso e manutenção.
  • O terço e lenço nunca abandonam o romeiro, só os tiramos apenas para dormir;
  • Simbolismo da Indumentária:
    • Há irmãos que associam a simbologia à imagem do Ecce Homo: a Saca, à cruz; o Xaile, ao manto de escarlate; o Lenço, à coroa de espinhos; o Terço, às cordas que amarraram Jesus; o Bordão, à cana que lhe foi colocada na mão;
    • A realidade é que, a indumentária deriva das vestes dos nossos antepassados;
  • A ‘campainha’ nos dias de hoje:
    • Nos nossos dias, a campainha serve de aviso a todos, aviso este, que pode ser de paragem (durante o andamento) ou de preparação (durante as refeições ou descansos);
    • A campainha antigamente:
      • Nos nossos antepassados a campainha também servia de “despertador”, isto é, um irmão corria a Localidade onde pernoitavam e tocava pelas ruas;
      • Também servia de “copo de medida” para servir um “bagaço”[10];
    • Apenas o Mestre é possuidor da campainha;
  • Pernoitas dos Ranchos: “Arrumar os Ranchos”;
  • AVISOS:
    • Refeições a Ranchos;
    • Organizar caminhadas de preparação;
    • Realização do Sagrado «LAUSPERENE» na Igreja;
    • Aviso da próximo reunião: na Igreja;
  • Palavra ao Contramestre;
  • Oração Final;

 

  3.9 – SAGRADO «LAUSPERENE»

 

Realiza-se anualmente na nossa Paróquia durante a Quaresma (no II Domingo) o Sagrado «LAUSPERENE» com a envolvência de todos os movimentos pastorais da nossa Comunidade Paroquial. O nosso Rancho marca sempre a sua presença neste momento de adoração ao Santíssimo Sacramento. No tempo reservado aos romeiros, apresentamos ao Senhor toda a temática idealizada para a Romaria quaresmal daquele ano, suplicando-lhe a sua interceção para cada meditação matinal, pedindo também a Sua proteção diária ao longo de toda a semana de peregrinação.

 

 

 

  3.10 – 7.ª REUNIÃO DE PREPARAÇÃO
  • Oração Inicial;
  • Resumo da última reunião:

  3.10.1 - PARTE DOUTRINAL: A Casa do Senhor       

  • Estamos na Casa do Senhor (se a reunião for na Igreja):
    • Respeitar o local onde estamos;
    • Como fazer uma simples oração na Igreja: Pai-nosso + Ato de contrição;
    • O que é a casa do Senhor? A Igreja;
    • A Igreja é: Dom, mistério e tarefa;
      • Dom: quem tem talentos, deve pô-los a render (música);
      • Mistério: A Igreja é um mistério de fé;
      • Tarefa: É uma tarefa do povo de Deus;
    • “Quem vê a Igreja vê Cristo” | “Eu sou Igreja, tu és Igreja, nós somos a Igreja”;
    • Cristo é a “cabeça” da Igreja, nós somos os membros, então somos chamados “Corpo de Cristo”
    • Todos formamos um só corpo;
    • A Igreja conta com a criatividade e atividade dos Leigos (romeiros);
  • Explicação do interior da nossa Igreja, seus altares e zonas principais:
    • Pedir a colaboração do Sacerdote ou do Sacristão;
  • Tempos da Igreja Católica – Ano Litúrgico:
    • Relembrar o ciclo;
  • Alguns livros ou documentos da Igreja:
    • Missal Dominical: Ano A, B e C;
    • Missal Ferial (semanal):
      • Ano par e ímpar para as Leituras;
      • O Evangelho é sempre igual;
    • Concílio Vaticano II (Leis da Igreja);
    • Catecismo da Igreja Católica (Doutrina ou Catequese da Igreja);
    • Bíblia – “Quem tem uma Bíblia em casa?”;

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  3.10.2 - PARTE PRÁTICA: As entradas e saídas do Rancho numa Igreja          

  • Entradas na Igreja:
  • Imaginar em frente à Porta;
  • Bordão sempre na vertical;
  • Porta aberta e porta fechada – diferenças;
  • Altura de ajoelhar e levantar:
    • Só ajoelhamos quando o orador proclama o verso: “Ajoelhai pecadores, com os joelhos no chão!”
    • Quando o orador diz “Virgem Maria Mãe de Deus e Mãe nossa!”, no momento da resposta do Rancho, levantamo-nos todos em conjunto;
  • Dentro das Igrejas:
  • A saída deverá ser sempre por um corredor lateral;
  • Optar pelo lado da Cruz do Senhor Crucificado;
  • Fazer uma vénia aos pares, na direção do Sacrário;
  • Os Guias deverão estar atentos nas saídas;
  • O Rancho deve entrar sempre na direção do Sacrário;
  • A oração dentro de uma Igreja é sempre diante do Sacrário (do Santíssimo Sacramento);
  • Ficam apenas 4 romeiros em cada banco;

         

  • Sempre que se verificar a exposição do Santíssimo Sacramento, o Rancho entra sempre pelo centro da Igreja;
  • À saída a vénia deverá ser feita com os dois joelhos no chão;
  • Quando a Igreja só tem um corredor, entramos e saímos pelo centro, sendo a vénia no alinhamento dos bancos;
  • Nas grandes igrejas, geralmente os bancos da assembleia estão divididos em duas partes, com um corredor perpendicular a separá-las;
  • Os irmãos da segunda metade poderão sair pelo meio deste corredor, aguardando que passe o último par da parte da frente, fazendo a vénia ao centro;

  • Os Guias em caso de dúvida da localização do Sacrário, durante a oração no exterior, pode um deles entrar e confirmar qual a direção a tomar;
  • Se o Sacrário estiver numa das laterais, o Rancho entrará nesta direção, ficando 4 romeiros alinhados;

 

  • A dispersão dos romeiros nas laterais de uma Igreja será sempre de acordo com os bancos, de modo a ficar 4 romeiros alinhados, a fim de formar pares;
  • Nestas situações a saída deverá ser pelo centro da Igreja, não esquecendo a vénia;
  • Saídas das Igrejas:
    • Saídas das Igrejas e os cuidados dos Guias ao sair, para não “partir” o Rancho, de forma manter o Rancho bem compacto;
    • O Lembrador das Almas “segura” o canto da Ave Maria nas saídas;
  • Pernoitas dos Ranchos: “Arrumar os Ranchos”;
  • AVISOS:
    • Animação da Eucaristia no próximo domingo / caminhadas;
    • Aviso da próxima reunião: no Salão;
  • Palavra ao Contramestre;
  • Oração Final;

 

Anexos necessários:

  • Cânticos/Quadras para os ensaios;

 

 

  3.11 – 8.ª REUNIÃO DE PREPARAÇÃO
  • Oração Inicial;
  • Resumo da última reunião;

  3.11.1 - PARTE DOUTRINAL: A renúncia e a comunhão nas Romarias  

  • O que é a renúncia? Espécies.
    • Para seguir Jesus Cristo é necessário renunciar a algo:

O discípulo e a renúncia – Seguiam com ele grandes multidões; e Jesus, voltando-se para elas, disse-lhes: «Se alguém vem ter Comigo e não me tem mais amor que ao seu pai, à sua mãe, à sua esposa, aos seus Irmãos e até à própria vida, não pode ser Meu discípulo. Quem não tomar a sua cruz para Me seguir não pode ser Meu discípulo. (Lc 14, 25-27)

  • “O POÇO DE JACÓ” – A nossa sede de Jesus Cristo:
    • Jacó encontra-se com Raquel” –   (Gn 29, 1-36).

 

«A PREPARAÇÃO»

 

Jesus e a Samaritana«Precisava atravessar a Samaria. Chegou, pois, a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto das terras que Jacó deu a seu filho José; era ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, estava Jesus assim sentado ao pé da fonte; era cerca da hora sexta. Uma mulher da Samaria veio tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Pois seus discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos. Disse-lhe, então, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? Os Judeus não se comunicam com os samaritanos.» (João 4:4-9)

 

  • Passaram cerca de 3000 anos entre as duas passagens;
  • Um poço de cerca de 30 metros de profundidade;
  • Diferenças: Jacó vai ao encontro de Raquel, na segunda, a Samaritana (simboliza a Igreja) vai ao encontro de Jesus;
  • A Sede é uma necessidade, um momento, mas é Jesus que tem sede de nós;
  • O que nos move e nos atrai, anos após ano, para uma Romaria, é esta sede que temos de Jesus, de estarmos no nosso espírito sossegado;
  • A renúncia voluntária tem mais valor. Há recompensa para o cristão que renuncia;

Recompensa do desprendimento (Mt 19, 27-30).

  • Em que se traduz, nas Romarias “o pão e água”… voluntário.
  • “A comunhão da Igreja nas Romarias”:
    • A partilha;
    • Irmãos – aceitação de tudo e das ordens do Mestre;
    • Sua necessidade nas Romarias e o valor para o bom êxito das mesmas.

  3.11.2 - REGULAMENTO RQSM: Artigos 24.º a 26.º

  • Estudo e explicação do Regulamento:

Art.º 24: A peregrinação penitencial começa em cada dia, com a Eucaristia ou a Oração da manhã, à saída da localidade do Rancho ou da pernoita, terminando com a Oração da noite nas localidades de acolhimento.

Art.º 25

  1. Durante o percurso, o Rancho deverá parar para orar em todos os templos que existam no itinerário previamente traçado, quer estejam abertos, quer estejam fechados. Nos que se encontrarem abertos o Rancho deve sempre entrar, a não ser que haja atos de culto.
  2. Se no templo estiver a ser celebrada a Eucaristia ou qualquer outro ato de culto, o Rancho deve fazer a sua Oração, em voz baixa e à porta do templo, prosseguindo depois a caminhada, sem perturbar a celebração do ato de culto.
  3. Se os templos estiverem fora do itinerário comum, deve o Rancho parar, de preferência em local que os vislumbre, fazendo então uma Oração mais breve do que a habitual e tradicional. Pode a Oração ser feita em andamento, se houver menos tempo ou algum atraso.

Art.º 26: À passagem pelas Freguesias as pessoas costumam pedir orações ao Rancho, perguntando o número de Irmãos, para que elas possam rezar em comunhão com os peregrinos. Assim, deve informar-se que rezarão tantas orações quantos forem os irmãos, ao que se deverá acrescentar, como é tradição, as pessoas de Jesus, Maria e José, que são considerados Romeiros.

------ I n t e r v a l o ------

  3.11.3 - PARTE PRÁTICA: A nossa semana de Romaria

  • A Caminhada (a Romaria):
    • A Marcha ou andamento;
    • Importância de uma boa preparação – calçado;
    • O bordão a bordão – definição;
    • Cuidados a ter nas localidades;
    • Silêncio – seja dentro ou fora das localidades;
    • Responsáveis pelo trânsito;
    • Cumprir o que está regulamentado:
      • Procurar visitar o máximo de Igrejas e Ermidas possível;
      • Evitar “tempos mortos” e paragens prolongadas;
      •  

167. O alerta de unhas encravadas e o tempo correto do seu corte.

Fonte: www.clinicadospespg.com.br

Nas paragens forçadas (chuvadas), privilegiar a meditação;

 

  • Manter forma organizada – Rancho formado;
  • Mesmo nas orações (igrejas ou refeições) – agradecimentos;
  • Cortar as unhas dos pés (devemos cortar 8 a 10 dias antes da saída);
  • Dicas de Higiene:
    • Será entregue uma lista/sugestão com todo o material;
    • Há material que não pode ser “emprestado”:
      • Protetor labial (Labelo) e agulhas com linhas;
    • Como tratar uma bolha: passar a agulha, deixar o final da linha dentro da bolha, colocar um cicatrizante e deixar sarar bem;
  •  

168. Fio de sutura (Hospitalar), é o recomendado para o tratamento das bolhas nos pés

Fonte: www.medicalshop.pt

Nas Refeições:

 

  • Álcool:
    • As medidas permitidas;
    • Quem serve as bebidas alcoólicas é sempre o Mestre ou o Contramestre;
    • Adverter quem esconder bebidas;
  • Geralmente temos uma refeição quente (oferecida) e a outra da saca;
  • O que é refeição da Saca? Preparada pelos Despenseiros do Rancho.
  • Não há carro da assistência, por isso, levar Roupa até quarta-feira e de quarta a Sábado;
  • Pernoitas dos Ranchos: “Arrumar os Ranchos”;
  • AVISOS:
    • Atividades para os próximos dias com refeições e pequenos-almoços aos Ranchos;
    • Aviso das próximas reuniões (são as últimas duas e são muito importantes);
  • Palavra ao Contramestre;
  • Oração Final;

  3.12 – VIGÍLIA PASTORAL

 

No domingo que antecede a nossa saída, realizamos um «VIGÍLIA PASTORAL» geralmente é intitulada com o tema pastoral proposto pela nossa Diocese. Esta vigília é inserida na missa, devidamente delineada com o nosso Pároco, de modo a prepararmo-nos pastoralmente para a nossa Romaria e nela meditarmos sobre as orientações diocesanas propostas para este ano pastoral. Em sintonia com a liturgia da palavra daquele domingo, idealizamos momentos de interiorização com a participação de muitos irmãos romeiros, terminando a celebração com a bênção simbólica da nossa indumentária, pelo nosso pároco.

 

  3.13 – 9.ª REUNIÃO DE PREPARAÇÃO

 

  • Oração Inicial;
  • Resumo da última reunião;

  3.13.1 - PARTE DOUTRINAL: Estudo do Sacrifício   

  • O que é o Sacrifício? Espécies e fins.
    • Não ao sofrimento pelo sofrimento:

 

«A PREPARAÇÃO»

 

Condições para seguir Jesus – Chamando a Si a multidão, juntamente com os discípulos, disse-Lhes: «Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Na verdade, quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida, por causa de Mim e do Evangelho, há-de salvá-la. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder sua vida? Ou que pode o homem dar em troca da sua vida? Pois quem se envergonhar de Mim e das Minhas palavras entre esta geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de Seu Pai, com os santos anjos». (Mc 8, 34-38).

 

  • O sacrifício nas Romarias:
    • Levantar cedo, dormir acompanhado, obediência ao Mestre, ouvir a campainha, etc.;
    • Deixar a família uma semana;
    • Andar por grotas e ruelas; subir vales e descer montes, etc;
    • Orar e fazer tantos sacrifícios pelos nossos inimigos, pelos que nos ofendem, etc;
    • Aceitar o irmão, a «cama», a refeição, … no acolhimento;
    • Para que serve tudo isto, se não mudarmos de vida;

  3.13.2 - REGULAMENTO RQSM: Artigos 27.º a 29.º

  • Estudo e explicação do Regulamento:

Art.º 27.º

  1. Se dois Ranchos se encontrarem durante o percurso, deve cada um dos Mestre providenciar para que os seus Romeiros cumprimentem os irmãos da respetiva ala do outro Rancho, beijando sempre o Crucifixo.
  2. Se não houver cruzamento propriamente dito de Ranchos, os Romeiros do que estiver parado, deverão levantar-se, e, em silêncio, fazerem uma Oração pelos penitentes que caminham.
  3. Se o encontro ocorrer dentro duma Igreja, devem os Mestres combinar entre si o lugar e o modo como os irmãos se devem cumprimentar.

Art.º 28.º: Durante as interrupções podem os Romeiros, em plena camaradagem e amizade de Irmãos, usar de tempo de descontração, devendo, no entanto, manter a devida compostura e a atitude de verdadeiros peregrinos.

Art.º 29.º

  1. Se durante a caminhada houver, por parte de algum Romeiro, comportamentos incorretos, abusos sucessivos ou graves incumprimentos das normas do Regulamento, de ordens, diretrizes ou instruções do Mestre, deve este, após a adequada admoestação em particular sem sucesso, ordenar que o prevaricador abandone o Rancho.
  2. O Mestre deverá recomendar que o mesmo tire a indumentária que identifica o Romeiro e ordenar que ele seja acompanhando até à sua residência por um dos seus colaboradores.
  3. De imediato, ou logo na 1.ª paragem, deverá informar o Rancho do sucedido, bem como das diligências feitas.
  • Lembrar as intenções do Senhor Bispo.
  • Mostrar o roteiro da Romaria em PowerPoint (se possível):
    • Mostrar ao Rancho o nosso Itinerário, através de vídeos e imagens, de forma a consciencializar os irmãos novos (os que vêm pela 1.ª vez) do tipo de percurso que poderão encontrar, das distâncias e das dificuldades;
    • Por vezes surgem situações que não podemos prever, tais como, as condições climatéricas muito adversas e alguns perigos que daí advêm;

 

 

169. As adversidades de uma Romaria -

Travessia do “Terrão Branco” nas Sete Cidades na

Romaria de 2013 | Foto de Ruben Melo

 

 

 

 

------ I n t e r v a l o ------

  3.13.3 - PARTE PRÁTICA: Roupa e Artigos necessários    

  • Vestuário:
    • Xaile, Lenço, Saca, bordão e 2 Terços (é obrigatório);
    • Roupa, de Sábado a Terça (exemplo recomendado):
      • 4 mudas de roupa interior (peúgas, cuecas, etc.);
      • 1 ou 2 pares de calças (pode ser de fato-treino);
      • 2 camisas ou camiseiros;
      • 1 par de pantufas ou chinelos;
      • 1 casaco, ou blusão, ou impermeável;
      • 1 Pijama ou fato-treino para dormir (opcional);
  • Roupa, de Quarta a Sábado:
    • 3 mudas de roupa interior (peúgas, cuecas, etc.);
    • 1 par de calças (pode ser de fato-treino);
    •  

170. Sugestão de um ‘colete multibolsos’ na Romaria

Fonte: 360imprimir.pt

1 ou 2 camisas ou camiseiros;

 

  • Artigos de Higiene (sugestões recomendadas):
    • 1 Desodorizante (roll-on);
    • 1 Pente (pequeno);
    • 1 Rolo de papel higiénico ou Lenços de papel;
    • 1 Embalagem de “carícias” ou toalhetes;
    • Sacos de plástico (para a roupa suja);
  • Artigos Clínicos (sugestões recomendadas):
    • 1 Pomada para assaduras;
    • 1 Desinfetante/tintura para feridas ou bolhas de água, etc;
    • 1 Agulha com linha para bolhas de água;
    •  

171. Outra sugestão alternativa ao colete é uma ‘bolsa de cintura’

Fonte: serviremseguranca.pt

1 Pomada ou spray para dores musculares, etc.;

 

  • Pensos com gaze para feridas ou ligaduras, etc.;
  • Medicamentos para dores (Paracetamol, Ibuprofeno, etc);
  • Outros Artigos:
    • 1 Lanterna ou “Pilha”;
    • 1 Esferográfica;
    • Aos fumadores, levar cigarros (de Sábado a Quarta e de Quarta a Sábado);
  • Comida/Alimentos:
    • Geralmente são adquiridos pelos irmãos despenseiros, mas caso tenham alguma dieta específica por motivos de saúde, devem levar os seus alimentos recomendados;
      • Nota: Não levar muita quantidade;
  • O pão, os acompanhamentos do pão, os enlatados e as bebidas são comprados na hora;
  • Devem levar água apenas para o primeiro dia;
  • SUGESTÕES: como preparar a SACA:
    • Regra principal, levar apenas o necessário, de forma a reduzir o peso;
    •  

«A PREPARAÇÃO»

 

A saca deverá levar no interior um saco de plástico resistente;

 

  • Só depois colocar o conteúdo:
    • Um saco plástico com a roupa interior e outro com a roupa exterior;
    • Um saco plástico com as pantufas ou chinelos;
    • Preparar um saco para colocar a roupa suja toda junta;
    • Um saco plástico ou bolsa com os artigos pessoais;
    • Um outro saco plástico ou bolsa com os artigos clínicos (ou o mesmo dos artigos pessoais);
    • Colocar à mão num colete, bolsa de cintura ou nos bolsos:
  • Medicamentos para dores e inflamações (paracetamol), etc;
  • Alguma comida rápida, para lanchar nas paragens e intervalos, etc
  • RESPONSÁVEIS DAS PERNOITAS;
    • Importância de contatar os responsáveis pelas pernoitas, caso tenham algum familiar ou amigo, que tem intenção de vos acolher, numa determinada localidade das nossas pernoitas;
  • Pernoitas dos Ranchos: “Arrumar os Ranchos”;
  • AVISOS:
    • A próxima reunião será a última;
    • Recomendação: não deixem tudo para a véspera da saída;
  • Palavra ao Contramestre;
  • Oração Final;

Anexos necessários:

  • Artigos e Recomendações
  • Contatos dos responsáveis pelas pernoitas
  • PowerPoint;

  3.14 – 10.ª REUNIÃO DE PREPARAÇÃO

 

  • Oração Inicial;
  • Resumo da última reunião;

 3.14.1 - PARTE DOUTRINAL: O acolhimento

  • A obra da misericórdia do acolhimento aos peregrinos:
    • A alegria está no dar e não no receber;
    • A alegria com que nos recebem;
    • Dão-nos o seu melhor: o melhor quarto, a melhor comida, etc.;
    • É preciso saber ser acolhido;
    • As obras da Misericórdia, são um modelo de vida, para nós romeiros como juízo definitivo:

Juízo definitivoO Rei dirá, então, aos da sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.’ Então, os justos vão responder-lhe: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos? E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?’ E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: 'Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.’ (Mt 25, 34-40)

  • Jesus convida-nos através desta obra de misericórdia corporal a acolher e a amar.
    • Abraão acolheu anjos e rececionou o próprio Senhor presente nos três forasteiros.
    • Ele reconheceu a presença de Deus naqueles peregrinos: “É para isso que passastes perto de vosso servo…” (Gn 18, 5), para que eu os ajudasse e pudesse ser abençoado por Deus.

 3.14.2 - REGULAMENTO RQSM: Artigos 30.º a 35.º

  • Estudo e explicação do Regulamento

Subsecção III (Da Pernoita)

Art.º 30.º:

Como atrás foi referido, a penitência do dia termina com o acolhimento e Oração da noite na localidade da pernoita. Assim:

  1. Após a Missa ou a Oração da noite, o Mestre, tomando o Crucifixo, distribui os Romeiros conforme a população vai pedindo, tendo a preocupação de juntar um Romeiro mais velho e experiente com um novo; a seguir,
  2. Todos se despedem do Mestre, beijando também o Crucifixo, como é tradicional.

Art.º 31.º:

Na casa que os acolhe, os Romeiros devem:

  1. Saudar, à entrada, os moradores, dizendo: “Seja bendita e louvada a Sagrada Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo”, ou a forma abreviada: “Seja louvado Nosso Senhor Jesus Cristo”, ao que os presentes poderão responder: “Seja para sempre louvado com Sua e nossa Mãe, Maria Santíssima”.
  2. Aguardar que os mandem sentar, lhes ofereçam banho, ou simplesmente água para lavar os pés, e a refeição.
  3. Falar com simplicidade e bom espírito cristão enquanto esperam pela refeição, e, durante a mesma, não devem murmurar, mas antes por em relevo os aspetos positivos da caminhada.
  4. Despedir-se das pessoas antes de se recolher ao quarto, e, agradecendo-lhes a hospitalidade, entregar o Terço do Rosário que simboliza a Oração rezada pelas intenções da família, bem como uma pagela com a mensagem do Rancho, devidamente assinada.
  5. Evitar sair do quarto de dormir durante a noite e não utilizar outras instalações da moradia, à exceção do quarto de banho.
  6. Fazer o menor barulho possível ao erguerem-se, e, se houver alguém levantado, saudá-lo na forma habitual, e, à saída, agradecer-lhe a hospitalidade, dizendo, por exemplo: - “Ó Irmão, seja pelo amor de Deus e por alma dos seus”, ou algo semelhante, e dirigir-se para o local combinado na véspera.

Art.º 32.º:

  1. À medida que vão chegando, devem os Romeiros saudar os Irmãos já presentes, dizendo: - “Seja bendita e louvada a Sagrada Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo”, ou a forma abreviada: - “Seja louvado Nosso Senhor Jesus Cristo”, ao que os presentes respondem: - “Seja para sempre louvado com Sua e nossa Mãe, Maria Santíssima”, e beijando o Crucifixo, cumprimentam o Mestre e os Irmãos.
  2. Reunido o Rancho, será feita a Oração da manhã, concluída a qual se reinicia a marcha.
  3. Se faltar algum Romeiro, o Mestre ordena que um dos seus ajudantes ou outro Romeiro experiente aguarde o faltoso, devendo depois esforçar-se para atingir o Rancho o mais depressa possível. Nessa altura, o Romeiro faltoso deve beijar o Crucifixo, e, dirigindo-se ao Mestre, cumprimentá-lo, justificando a falta e pedindo desculpa.

Subsecção IV (Da ligação do Rancho à Paróquia e à Família)

Art.º 33.º: Considerando que os Romeiros em peregrinação estão em comunhão com a sua comunidade paroquial, esta deverá celebrar a Eucaristia e outros atos de piedade pelas intenções dos Romeiros, durante a semana de peregrinação.

 

«A PREPARAÇÃO»

 

Art.º 34.º

 

  1. Como é tradição, durante a Romaria há o chamado «Encontro da Família». Este é um momento em que a família vai participar um pouco na vida do Rancho, com Oração, alegria e partilha.
  2. O ponto alto do encontro será a participação na Eucaristia juntamente com os Romeiros.
  3. Após a Missa, haverá o almoço dos Irmãos com os respetivos familiares. É nesta ocasião que os Irmãos poderão abastecer-se com alimentos e roupa para o resto da caminhada.
  4. São de evitar outros “Encontros” dos Romeiros com a família. No caso que isso tenha de acontecer, seja feito apenas nos lugares de descanso ou das refeições conforme o estabelecido pelo Mestre.

Art.º 35.º: Ao chegar o Rancho à sua freguesia, no final da caminhada, devem todos os Romeiros manter a mesma postura de sempre, entendendo-se que a penitência termina só depois da Eucaristia, a qual deverá ser previamente preparada com o Pároco respetivo para que seja uma autêntica festa de comunhão.

  3.14.3 - PARTE PRÁTICA: A Pernoita

  • Ainda na Igreja:
    • Distribuição dos irmãos, ao acaso, e saudação ao Mestre (aperto de mão)[11];
    • As pagelas (os santinhos) - são distribuídas pelo irmão despenseiro;
    • Percurso até à casa da pernoita, conversar normalmente com os irmãos que nos vão acolher, mantendo sempre um diálogo simpático e educado;
  • Na casa dos irmãos:
    • Atenção ao calçado, se estiver sujo ou molhado, pedir para descalçar após a salva de entrada;
    • Saudação à entrada, o primeiro irmão a entrar na casa faz a 1.ª parte da “salva” e os restantes respondem;
    • Receber as indicações para o quarto, onde vão descansar;
    • Mais uma vez atenção ao calçado, se o quarto for no 2.º piso;
    • Poderá haver ainda algumas famílias que só oferecem uma tina para lavar os pés, respeitar sempre as indicações da família;
  • No Quarto:
    • Não demorar para o banho;
    • Não colocar nada em cima da cama;
    • Muito cuidado com o tirar do Xaile;
    • Tirar a sua roupa interior, muda de roupa, colocar num saco e seguir para a sala;
    • Nunca vestir pijamas após o banho, só ao deitar;
    • Levar o Terço e o Lenço sempre ao pescoço, caso o lenço esteja molhado, levar apenas os dois terços.
    •  

172. Tradicional ‘lava-pés’ (2004)

Foto de Donny Pacheco

Seguir para a sala e manter um diálogo de amizade e respeito com a família que nos acolhe;

 

  • Na Sala:
    • Após a instrução da família, o 1.º irmão vai tomar banho e os restantes aguardam na sala;
    • Primeiro avançam sempre os mais novos, para o banho;
    • Conversar coisas da nossa romaria, sobre romarias, etc.;
    • Se os irmãos da casa são reservados, tentar iniciar uma conversa delicadamente;
    • Não descuidar se o outro irmão já terminou o banho;
    • Se o dono da casa for fumador, se ele autorizar, podem fumar no exterior da casa;
  •  

173. Pernoita de 2004 nas Capelas | Foto de Donny Pacheco

Na Casa de Banho:

 

  • Todos tomam duche e NUNCA fumar na Casa de Banho;
  • Atenção aos utensílios disponibilizados, não mexer nem usar outros;
  • Atenção à água do chuveiro para o exterior do poliban ou banheira;
  • Enxugar-se na Banheira ou Poliban, para não molhar o chão;
  • Evitar vestir T-Shirts na pernoita;
  • As toalhas do banho devem ser dobradas e colocadas no bidé, ou em cima de outro objeto;
  • O último irmão a tomar banho, antes de sair, ver se está tudo bem: Torneiras, sanita, etc;
  • Levar sempre o Lenço e o Terço;
  • Na Mesa:
    • Nunca sentar, sem antes fazer uma pequena oração:
      • Podem fazer a oração das refeições, ou um Pai-nosso e uma Ave Maria pela intenção do casal ou da família;
  • Comer sem receio, mas saber comer e beber. Boca fechada ao mastigar e não falar de boca cheia;
  • Na bebida, beber o que oferecem e muito cuidado com o vinho;
  • Quando não se gosta da comida, fazer os possíveis para provar o que se gosta;
  •  

174. Oração da refeição da pernoita no Salão de Água Retorta (2015)

Fonte: Ruben Cabral

Ver se o segundo prato agrada, caso contrário pedir mais sopa, ou vice-versa;

 

  • Não demorar à mesa e no fim fazer mais um agradecimento;
  • Oferecer a oração do nosso Terço e as pagelas assinadas;
  • Saber onde vão ficar os Terços, no dia seguinte;
  • Perguntar aos donos da casa, se vão levantar-se no dia seguinte;
  • Perguntar as luzes para a casa de banho, caso seja necessário para alguma eventualidade;
  • Se por acaso o vício for muito, pedir permissão para ir ao exterior fumar;
  • Novamente no Quarto:
    • Não fazer barulho e fechar a porta. Atenção, não fechar à chave;
    • Agora sim, podem preparar as coisas:
      • Separar sempre a roupa suja da limpa;
  • Momento para aplicarem pomadas e fazerem curativos. Atenção com os tapetes, etc.;
  • Preparar a roupa para o dia seguinte e deixar a saca pronta a seguir;
  •  

175. No Quarto da Pernoita (Capelas 2004)

Foto de Donny Pacheco

Ver se tem candeeiro, caso contrário preparar a lanterna;

 

  • Na cama, nada de barulho e dormir;
  • Despertador, sempre às 03h00;
  • No dia seguinte:
    • Acender a luz do quarto, para que os irmãos da casa, saibam que estamos acordados;
    • Não demorar e muito cuidado no colocar do xaile e do lenço;
    • Se sujarmos alguma coisa, limpar;
    •  

«A PREPARAÇÃO»

 

Cobrir a cama;

 

  • Antes de sair do quarto, olhar mais uma vez;
  • No caso de partimos alguma coisa, comunicar ao dono da casa e depois ao Mestre;
  •  

176. O dia seguinte a uma pernoita (Capelas 2010)

Foto de Carlos Vieira

Não esquecer o nosso Terço;

 

  • Tomar o pequeno-almoço, não fazer a desfeita;
  • Agradecer pela última vez;
  • Na Igreja:
    • Saudação ao Rancho com a “salva” e manter-se em silêncio;
    • Logo de seguida cumprimentar o Mestre, para um controlo dos que já chegaram;
    • Cuidado com as beatas dos cigarros, colocar no lixo, ou num recipiente próprio;
    • Tudo o resto, serão orientados pela equipa responsável;
  • Pernoitas nos Salões:
    • Importa salientar que tem poucas vantagens e muitas desvantagens;
    • A única vantagem é que estão todos sobre a orientação e supervisão do Mestre e da equipa responsável, e não precisam de preocupar-se com o despertador;
    • No que diz respeito às desvantagens, a maior é a redução de horas de descanso/sono:
      • Uma boa noite de descanso é fundamental para um bom dia de caminhada;
      • “Cada um colherá, aquilo que plantar”, ou seja, quanto mais cedo despacharmo-nos, mais cedo iremos descansar/dormir;
      • As brincadeiras são normais neste tipo de ambiente, mas tudo tem limite e devemos respeitar os irmãos mais debilitados e cansados da caminhada, pois querem descansar;
      • Deverão cumprir rigorosamente as instruções dos responsáveis, para ganharmos tempo;
      • Se houver duche, em balneários, as crianças deverão ser as primeiras, sem cruzamento com adultos no banho e deverá ter supervisão de um responsável, para não haver perdas de tempo;
      • Caso haja, mais do que um balneário, as crianças seguem para um e os adultos para o outro;
      • Caso seja apenas o “lava-pés”, os irmãos com feridas nos pés, ou suspeita de “pé-de-atleta”, deverão ser os últimos;

 

177. Tradicional “Lava-pés” em Água Retorta (2014) | Foto de Donny Pacheco

178. Pernoita em Água Retorta – zona do dormitório (2014)

Foto de Donny Pacheco

 

         

 

 

  • Aceitar, com caridade, tudo aquilo que nos é proporcionado, desde a alimentação, o banho, as condições da dormida, entre outras coisas. Estamos numa semana de penitência;
  • A participação numa Romaria tem diversos condicionalismos dos quais, muitos de nós, nunca experimentaram, por isso, é importantíssimo informar e sensibilizar os novos irmãos e a alertá-los de quase tudo o que possam encontrar naquela semana;
  • Pernoitas dos Ranchos: “Arrumar os Ranchos”;
  • Palavra ao Contramestre;
  • Últimos avisos;
    • Sexta-feira, pelas 18h30, no Salão:
      • Pequena reunião para apresentação dos irmãos emigrantes ou vindos de fora da ilha;
      • Formatura final do rancho (sempre sujeita a alterações);
    • Sábado, dia da saída:
      • Concentração às 03h30 no Salão e depois pelas 04h00 temos a nossa Eucaristia na Matriz;
  • Oração Final;

 

  3.15 – SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO – “CONFISSÕES”

 

Na véspera da nossa saída reunimo-nos todos no Salão Paroquial para as recomendações finais e também para a apresentação dos irmãos emigrantes e não só, que tenham chegado nos últimos dias e que não tenham participada das reuniões de preparação. Todos os irmãos não residentes são portadores do nosso “Manual de Reuniões de Preparação” que é enviado via correio eletrónico ou descarregado da nossa página na internet. Logo depois e de acordo com o artigo 9.º do nosso regulamento, na véspera da nossa saída logo após a formatura final do Rancho, seguimos todos, para a Igreja Matriz, para participarmos no sacramento da reconciliação (as confissões), preparando o nosso coração para um estado de graça, para que a nossa Romaria seja espiritualmente proveitosa.

 


[1] REGULAMENTO, para as Romarias Quaresmais de S. Miguel. (2017). Artigo 16.º (da preparação), ratificado por D. João Evangelista Lavrador.

[2] REGULAMENTO, para as Romarias Quaresmais de S. Miguel. (2017). In https://mromeirossm.pt/documentos/regulamento-mrsm/.

[3] OLIVEIRA, Manuel. (2011). Conclusão do trabalho “Romarias ontem e hoje”, in MRSM.

[4] A sigla “M.R.P.” significa “Manual das Reuniões de Preparação” 2008-2022 da ‘Romaria da Vila’.

[5] As ‘FORMATURAS’ apresentadas não estão regulamentadas, no entanto, a generalidade dos Ranchos adotam estas disposições, podendo diferenciar a localização de um ou outro elemento da equipa responsável.

[6] CARVALHO, Ana Maria Pimentel Gonçalves. (2012). Dissertação de mestrado em Ciências Musicais – variante Etnomusicologia “Romeiros de São Miguel: A música na caminhada da Quaresma”, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, p. 35.

[7] Idem (Ref.ª 112), pp. 66-68, p. 92.

[8] CARVALHO, Ana Maria Pimentel Gonçalves. (2012). Dissertação de mestrado em Ciências Musicais – variante Etnomusicologia “Romeiros de São Miguel: A música na caminhada da Quaresma”, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Univer. Nova de Lisboa, pp. 5, 7, 27, 57, 72.

[9] CORREIA, Emanuel. (2012). Vídeo “As Raízes dos Romeiros”, no âmbito das formações do Secretariado Bíblico de S. Miguel a diversos Ranchos.

[10] “Bagaço” ou "aguardente bagaceira" é uma bebida espirituosa destilada de elevado teor alcoólico.

[11] Num passado recente, o irmão romeiro beijava a mão do irmão Mestre e vice-versa;